Espanha destitui Governo da Catalunha, dissolve Parlamento e convoca novas eleições

Horas a após o Parlamento catalão aprovar uma resoluçãoque dá início ao processo de independência da Catalunha, o Conselho de Ministros da Espanha decidiu nesta sexta-feira destituir Carles Puigdemont do poder e anunciou a destituição de todo o Governo catalão (a chamada Generalitat), assim como do diretor geral da polícia, Pere Soler. Ao assumir as funções do presidente da Generalitat, assumiu o poder de dissolver o Parlament (o Parlamento catalão) e convocou eleições para o dia 21 de dezembro. O premiê espanhol, Mariano Rajoy, justificou este anúncio afirmando que decidiu “convocar quanto antes essas eleições livres, limpas e legais que possam restaurar a democracia na comunidade autônoma”, disse o presidente do Governo espanhol, após as autoridades catalãs se anteciparem à intervenção do Governo central de Madri. Informações do El País.

Além disso, o Conselho de Ministros espanhol aprovou a apresentação de um recurso ante o Tribunal Constitucional contra a resolução aprovada no Parlamento catalão. Depois de uma convocação ordinária e outra extraordinária, o Governo também decidiu extinguir as delegações da Catalunha no exterior e remover seus delegados em Bruxelas e Madri.

“Respondemos a decisões que pretendem impor um sequestro inadmissível aos catalães e o furto de uma parte do território do conjunto dos espanhóis”, disse o presidente do Governo Mariano Rajoy, em uma breve declaração após a reunião do Conselho. “O Estado dispõe de meios suficientes para, de uma forma pacífica e moderada, recuperar a normalidade legal e dissolver as ameaças que nos estão lançando sobre a convivência”, acrescentou durante uma intervenção na qual todos os ministros o acompanharam.

Nessas horas de grande importância, Rajoy manteve uma comunicação contínua com Pedro Sánchez, o secretário-geral do PSOE, e Albert Rivera, o líder do Cidadãos, seus dois parceiros da frente constitucionalista. A ambos o chefe de Governo transmitiu as medidas apresentadas no Conselho de Ministros. Os três partidos enfrentam agora o momento mais difícil de sua aliança: reagir à declaração de independência votada pelo Parlament e intervir em competências específicas da Generalitat depois da destituição dos líderes do desafio independentista.

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