Jazigo do ex-presidente Jango passará por perícia nesta quarta

Túmulo do ex-presidente João Goulart em São Borja, RS (Foto: Prefeitura de São Borja/Divulgação)

Começa nesta quarta-feira (21) em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, a primeira etapa do processo de exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart. Uma perícia será realizada no jazigo onde Jango foi sepultado em 1976, no cemitério Jardim da Paz.

O trabalho será feito por peritos da Polícia Federal (PF), com acompanhamento de representantes da Comissão Nacional da Verdade (CNV), do Ministério Público Federal (MPF) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), além do advogado da família e neto do ex-presidente, Christopher Goulart.

“Será um trabalho prévio da exumação. Os peritos farão uma análise do jazigo, das condições gerais dele, se haverá necessidade de isolamento ou não e um mapeamento 3D. Depois disso, será feito um planejamento para a abertura do túmulo e o traslado dos restos mortais até Brasília”, contou Christopher ao G1 a noite desta terça-feira (20), enquanto viajava a São Borja.

A data da exumação, no entanto, só será definida na segunda quinzena de dezembro, durante uma reunião de todos os peritos que trabalharão no caso. Os restos mortais do ex-presidente serão examinados no Instituto Nacional de Criminalística, na capital federal.

O procedimento foi determinado pela CNV e pelo MPF a pedido da própria família de Jango, deposto pelos militares em 1964. O objetivo é esclarecer as causas da morte do ex-presidente durante o exílio na Argentina, em 1976. A versão oficial diz que ele foi vítima de um ataque cardíaco, mas há suspeitas de que ele tenha sido envenenado a mando do governo brasileiro por militares uruguaios durante a Operação Condor, uma aliança entre as ditaduras militares da América do Sul nos anos 70. (G1)

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