Pelo menos oito ônibus e dois caminhões foram incendiados, na manhã desta terça-feira, nas regiões de Cordovil, Penha e Bonsucesso, e Duque de Caxias, na Baixada, em represália a uma operação policial nas favelas da Cidade Alta e Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio. O município do Rio entrou em estágio de atenção por conta do ataque dos criminosos. De acordo com a PM, 40 suspeitos foram presos na Cidade Alta e 32 fuzis foram apreendidos. Três policiais militares ficaram feridos por estilhaços na Favela Kelson’s, na Penha. Informações de O Dia.
Segundo o major Ivaz Blaz, porta-voz da PM, as ações orquestradas visam mobilizar a polícia para estas regiões e abrir espaço para fuga dos bandidos que estão encurralados na Cidade Alta, após a tentativa de invasão.
“Foram apreendidos 17 fuzis, o que não é uma situação normal em lugar nenhum do mundo”, disse à Globo News mais cedo Blaz, porta-voz da PM, ressaltando que a corporação esta atuando para neutralizar os criminosos.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), três ônibus foram incendiados na Rodovia Washington Luiz (BR-040), em Duque de Caxias. Na Avenida Brasil, colocaram fogo em ônibus e caminhões nas alturas da Penha, Cordovil, Vigário Geral e Bonsucesso, trechos interditados para o trânsito. Bombeiros controlaram as chamas e a CET-Rio atuam nas regiões. Helicópteros do Grupamento Aeromarítimo (GAM) da PM sobrevoam as vias afetadas e o Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) fazem o policiamento nas rodovias.
O município do Rio entrou em Estágio de Atenção às 10h50 por conta dos ataques de criminosos. O Estágio de Atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa que um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade. A Avenida Brasil já apresentava problemas no trânsito por conta de interdições para obras do BRT Transbrasil.
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Ônibus são incendiados em vários pontos do Rio em represália a operação policial







Guerra entre facções na Cidade Alta
Uma guerra entre facções na Cidade Alta, em Cordovil, na Zona Norte do Rio, deixa moradores em pânico desde a madrugada desta terça-feira. A intensa troca de tiros ainda ocorria nesta manhã e prejudicou a vida de trabalhadores e pais que não puderam deixar seus filhos nas escolas. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e outros batalhões fazem operação na favela.

Por conta da guerra na Cidade Alta, crianças e adolescentes não tiveram aula em escolas da região. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, são 3.109 alunos sem atendimento nesta manhã nas regiões da Cidade Alta, Parada de Lucas e Vigário Geral.








