Os candidatos da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreram uma dura derrota no domingo (12) nas votações primárias para eleições parlamentares de outubro, um resultado que expõe a perda de popularidade da governante e afasta a possibilidade de uma reforma constitucional para ampliar o governo dela para além de 2015.
Candidatos da fragmentada oposição venceram em todos os principais distritos da Argentina, como as Províncias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe e Mendoza, e na Cidade de Buenos Aires, segundo resultados oficiais parciais.
Na crucial Província de Buenos Aires, onde vive cerca de 40% da população argentina, a chapa liderada pelo peronista de oposição Sergio Massa obteve vantagem de 6 pontos percentuais à frente dos candidatos apoiados por Cristina, com 51% das seções apuradas.
“Os ‘bonarenses’ elegeram para outubro uma força política que os represente na luta contra a insegurança, que os represente na luta contra a inflação, que os representa na luta contra os impostos”, disse Massa, comemorando a vitória.
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O chamado “voto útil” nas eleições de outubro poderia ampliar ainda mais a vantagem de Massa, já que se espera uma confluência dos votos de oposição no candidato melhor colocado nas primárias, o que pode colocar em risco o controle de Cristina no Congresso.
Os candidatos a deputado pela facção peronista de Cristina, a Frente para a Vitória (FPV), obtiveram cerca de 25% dos votos em nível nacional, menos da metade do que tinham conseguido em 2011, quando a presidente foi reeleita. (Reuers)