“Neste caso congelamos ativos, dezenas de milhões de dólares em ativos, que terão um impacto muito grande (para Aissami e seu entorno)”, garantiu Mnuchin em um pronunciamento à imprensa na Casa Branca. Com as sanções, o presidente americano, Donald Trump, quis “enviar uma mensagem clara ao povo da Venezuela de que os Estados Unidos estão de seu lado”, acrescentou Mnuchin.
O governo de Trump impôs ontem sanções por narcotráfico contra Aissami e López Bello, após uma investigação que durou anos e que chegou à conclusão que o vice-presidente venezuelano exerceu “um papel significativo no tráfico internacional de narcóticos”, com destinos como México e EUA.
As sanções representam o congelamento dos ativos de ambos sob jurisdição americana, que, segundo fontes americanas, incluem “dezenas de milhões de dólares” em propriedades imobiliárias em Miami.
“O presidente Trump aprecia o duro trabalho dedicado a este caso pelos Departamentos do Tesouro e de Estado”, afirmou hoje Mnuchin.
“Isto demonstra a seriedade do presidente na luta contra o flagelo que as drogas representam para os Estados Unidos”, completou, ao lembrar que Trump assinou na semana passada um decreto para revisar e reforçar a luta contra os cartéis do narcotráfico.
Segundo Mnuchin, as sanções também “enviam a mensagem” de que os Estados Unidos “não tolerarão as atividades ilícitas, seja o narcotráfico ou o terrorismo”.
O governo Trump ressaltou ontem que as sanções não são uma represália diplomática contra o governo da Venezuela, mas se dirigem a dois indivíduos “exclusivamente” por seus vínculos com o narcotráfico.
Porém, o governo venezuelano tachou as sanções contra seu vice-presidente de “agressão gravíssima” que “pretende vulnerar a esfera soberana” do país, segundo palavras da chanceler, Delcy Rodríguez.
Por sua parte, o vice-presidente venezuelano qualificou hoje de “agressão miserável” as sanções econômicas, e afirmou que as recebe como “um reconhecimento de minha condição de revolucionário anti-imperialista”.