O Hospital de Emergências informou que o procedimento está mantida para a mesma data, às 16h, e que atualmente os materiais cirúrgicos são suficientes. “Marcaram para quarta-feira, mas deixaram para o dia seguinte, que também não teve. Tudo foi por falta de material. Adiaram duas vezes e agora a próxima está para segunda-feira. Ela fala, come bem, pede para ter alta, mas não depende da gente porque é preciso fazer essa cirurgia”, disse a tia da garota, a autônoma Ivanete Lobato, de 38 anos.
O acidente aconteceu próximo ao município de Afuá, no Pará, mas, pela proximidade, a menina foi encaminhada para Macapá e está no setor específico do HE destinado às vítimas do trauma.

(Foto: Abinoan Santiago/G1)
O escalpelamento ocorreu quando a menina se abaixou para retirar o excesso de água da embarcação e seus cabelos enroscaram no eixo do motor, que, por girar rapidamente, arrancou o couro cabeludo dela. Logo após dar entrada na unidade de saúde, parte do rosto dela passou por reparos das pálpebras e enxerto de pele foi aplicado na região do crânio. A segunda cirurgia dará continuidade ao tratamento. Com o acidente, a mãe da garota, a dona de casa Iraci da Silva, de 28 anos, precisou deixar os outros três filhos pequenos em casa com o marido em Afuá.
De acordo com a tia da vítima do escalpelamento, a família passa dificuldades financeiras desde quando o pai dela paralisou a pesca para cuidar dos outros filhos. “No momento, o pai dela tem que cuidar dos outros três filhos pequenos e não pode trabalhar. Ele recebe benefícios, mas deu problema no cartão do banco e a família acabou ficando sem dinheiro”, contou.