A Companhia de Habitação do Distrito Federal (Codhab) investiga irregularidades em 245 imóveis e pediu à Caixa a devolução de outras 45 residências do Paranoá Parque após identificar problemas na ocupação nesta quarta-feira (27). Em visita ao condomínio, o GDF encontrou fraudes em imóveis do programa Morar Bem, do GDF, e do Minha Casa Minha Vida, do governo federal. O objetivo da visita era averiguar se o morador é, de fato, o contemplado pelo governo e se o uso que ele faz é correto – aluguéis, por exemplo, são vetados.
A visita desta quarta foi a terceira no Paranoá Parque e a sétima de 2016 em construções do programa Habita Brasília. A última apontou irregularidades em 25 dos 450 imóveis visitados no Parque do Riacho, no Riacho Fundo II.
O diretor imobiliário da Codhab, Jorge Gutierrez, alerta os beneficiários do programa para acompanhar o site da companhia. “Na fiscalização, a gente vê o consumo de energia elétrica das casas para saber se tem gente morando ou não. A gente entra com o processo porque o governo acredita que essas pessoas que não estão no imóvel não precisam dele.”
A dona de casa Aurivan Batista diz que morou “de favor” por dezanos e agora recebeu um imóvel no Paranoá Parque. “É revoltante pessoas como eu que estavam na fila não conseguirem casa porque gente que não precisa está sendo beneficiada.”
Cada beneficiário do programa que recebe um imóvel fica impedido de alugar, vender, abandonar, ceder ou trocar a finalidade do bem pelo período de dez anos. Em caso de infração às regras do programa, o beneficiário corre o risco de perder o imóvel. No total, 145 mil pessoas estão cadastradas na Codhab e aguardam um imóvel. E, destas, 76 mil estão na faixa de menor renda do programa.
A Codhab informou que a população deve informar pelo telefone 162 sobre suspeitas de irregularidades na ocupação destes imóveis. Funcionários da companhia vão fazer abordagens mensais nas unidades habitacionais entregues a beneficiários. Além das operações maiores, a companhia promove ações pontuais em caso de denúncias de mau uso do imóvel. Informações do G1.