Papa não teme protestos e desfilará em carro aberto pelo centro do Rio

Embora o roteiro do papa Francisco tenha sofrido alterações em vista dos protestos previstos para o Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude, o pontífice vai desfilar pelas ruas da cidade em carro aberto na segunda-feira, dia em que chega ao Rio. A segurança do evento vetou o trajeto que o pontífice faria de papamóvel do centro da cidade até o Palácio Guanabara, sede do governo estadual, para o primeiro compromisso oficial no Brasil. Francisco, contudo, vai desfilar em carro aberto da Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Centro, até o Theatro Municipal.

A alteração no trajeto foi informada nesta tarde pelos organizadores do evento. O papa desembarca na base aérea do Galeão às 16 horas e, então, segue em carro fechado até a Catedral Metropolitana. A partir das 17 horas, Francisco dará início ao desfile em carro aberto, passando pelas avenidas República do Chile e Rio Branco, pela Araújo Porto Alegre, avenidas Graça Aranha, Nilo Peçanha e, novamente, pela Rio Branco, em direção ao Theatro Municipal. De lá, o pontífice segue de carro fechado ao Terceiro Comando Aéreo Regional (3º Comar), ao lado do Aeroporto Santos Dummont, onde pegará um helicóptero rumo ao Palácio Guanabara.

No planejamento inicial, o pontífice sairia do Aeroporto Internacional do Galeão, iria até um ponto do centro de carro fechado, embarcaria no papamóvel e seguiria até o Guanabara.

O Exército afirmou que vai isolar a área da sede do governo, onde aconteceram três protestos violentos entre manifestantes mascarados e policiais militares. Como mostrou reportagem do site de VEJA, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão do Exército ligado à Presidência da República, decidiu isolar o Guanabara, com bloqueios em ruas próximas para impedir a aproximação de manifestantes.

Sérgio Cabral – O governador Sérgio Cabral afirmou, em uma entrevista coletiva no início da tarde desta sexta-feira que o Rio está preparado para garantir a segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013). Segundo o governador, apesar de uma oferta de ajuda feita pela presidente Dilma Rousseff, não há necessidade de mais reforços para o estado. Segundo o governador, as forças estaduais de segurança e o auxílio do Exército, que cuidará de algumas áreas do evento, são suficientes para garantir tranquilidade à população e aos visitantes.

“A presidente Dilma me ligou ontem por volta das sete da noite, manifestando sua solidariedade e seu apoio e seu estarrecimento e, como sempre, colocando-se à disposição. Eu disse que não era necessário. Teremos o Exército presente no evento do papa”, afirmou.

O governador também negou que tenha intenção de se mudar do bairro onde mora. A rua do governador, a Aristides Espínola, no Leblon, tem sido ponto de encontro de manifestantes nas últimas semanas, com palavras de ordem contra a figura do governador. De lá partiram os manifestantes que promoveram um quebra-quebra nas ruas do bairro e de Ipanema.

Cabral também afirmou que acredita ser possível usar os conflitos de agora, entre manifestantes e policiais, para promover melhorias na forma de atuação da PM e da Polícia Civil.

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