"20 horas sem urinar", ativista deportado relata maus tratos em Israel

“20 horas sem urinar”, ativista deportado relata maus tratos em Israel

Nicolas Calabrese chegou ao Brasil na noite de segunda-feira (6) após ser detido pelas forças israelenses enquanto estava na flotilha que tentava chegar em Gaza

O professor de educação física, Nicolas Calebrese,  que chegou no Brasil na noite de segunda-feira (6) após ser detido e deportado de Israel, relatou que ele e outros ativistas, que faziam parte da Flotilha Global Sumud, sofreram maus tratos das autoridades israelenses.

“Chegando no porto de Israel nós fomos violentados fisicamente constantemente, [fomos] empurrados, chutados e arrancaram nossos pertences”, afirmou Calabrese. “Eu não tive a oportunidade de urinar por mais de 20 horas”, continuou ele.

    Segundo ele, a ativista sueca Greta Thunberg foi alvo das maiores agressões durante a detenção. “Foi muito mau-tratada, humilhada e provocada […] Colocaram a bandeira de Israel e obrigaram ela a beijar”, disse o professor.

    Argentino, com cidadania italiana e residente do Brasil há mas de dez anos, ele foi o primeiro membro do grupo brasileiro a ser deportado e afirmou que os itens que seriam entregues no território palestinos, foram “roubados por Israel”.

    “Eles levaram toda a ajuda humanitária — água, comida para bebês e comida para pessoas famintas. O Estado de Israel roubou tudo e não deixou que chegasse aos famintos”, declarou ele.

    Flotilha Global Sumud contava com cerca de 40 embarcações e mais de 470 membros de diferentes nacionalidades, a primeiras interceptações e detenções aconteceram na quarta-feira (1º).

    A missão partiu de Barcelona, ​​na Espanha, em 31 de agosto e foi reforçada por outros navios ativistas à medida que se aproximava de Gaza.

    Os 13 brasileiros restantes que permaneciam detidos foram deportados para a Jordânia na manhã desta terça-feira (7), por volta das 6h, horário de Brasília (12h, no horário local).

    A informação foi confirmada pela organização que disse que eles foram “transferidos por via terrestre da prisão de Ktzi’ot em Israel até a fronteira com a Jordânia”.

    Um último membro da delegação não se aproximou do destino final pois desembarcou no meio do trajeto.

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