Em 2018, foi preso em na capital goiana ao apresentar um documento falso em nome de “Alexandre Nunes”

O cantor sertanejo Iuri Gomes Oliveira Ramires, conhecido artisticamente como Yuri Ramirez, foi morto com oito tiros no último sábado, 30, na casa onde morava, no bairro Santa Emília, em Campo Grande (MS). Com 47 anos, ele havia deixado a prisão há menos de um mês e cumpria prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. O músico chegou a ser preso em Goiânia.

Em 2018, foi preso em na capital goiana ao apresentar um documento falso em nome de “Alexandre Nunes”. Naquele período, já estava foragido da Justiça sul-mato-grossense havia cinco meses. Antes disso, havia sido detido pela Polícia Federal transportando 20 quilos de drogas, condenação que o levou à prisão.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás, Yuri era apontado como integrante de uma facção criminosa e tido como um dos principais traficantes de armas e entorpecentes da região Noroeste da capital goiana. Investigações indicam que ele teria comercializado cerca de 800 quilos de maconha trazidos do Paraguai, além de atuar no contrabando de armas de fogo.

Morte 

A Polícia Civil (PC-MS) investiga o caso como homicídio qualificado, mas a motivação ainda não foi esclarecida. Dois homens armados invadiram a casa que pertencia a uma mulher que o abrigava para que ele tivesse endereço fixo e pudesse cumprir a prisão domiciliar. Os criminosos se identificaram como policiais ao entrar. Encontraram a dona da casa em um dos quartos e Yuri em outro, quando foi baleado.

A perícia recolheu 12 cápsulas de pistola no local. Os criminosos fugiram e ainda não foram identificados. Ainda não se sabe se existe ligação entre o homicídio e os antecedentes criminais de Ramirez, que incluía passagens por tráfico de drogas e estupro.

Carreira artística 

Yuri Ramirez é natural de Campo Grande e começou a carreira artística ainda na adolescência. Era músico e compositor e chegou a formar uma dupla sertaneja em 2020. Entre as músicas lançadas estão “Boca Errada” e “Novo Engano”, em outubro de 2024.

Fonte: Jornal Opção