Foto: Agência Brasil

“O plano é positivo”, diz economista da Fiesp sobre medidas do governo contra tarifaço

Medida prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões e a compra de alimentos que antes seriam exportados para o mercado americano

economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, avaliou como positiva a decisão do governo federal de lançar um pacote de medidas contra o tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O plano, anunciado nesta quarta-feira (13), prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões e a compra de alimentos que antes seriam exportados para o mercado americano. “Isso foi construído junto com o setor privado e grande parte do que foi dado de ideia foi acatado. Quanto ao mérito, está muito em linha com o que o setor privado pediu”, afirmou Rocha em entrevista à CBN.

    Segundo o economista, o pacote do governo ainda precisa passar pela etapa de implementação para que seja possível avaliar seu real impacto. “A gente vai ter que esperar para ver a mecânica. Até porque a medida provisória precisa passar no Congresso para aprovação”, pontuou. Ele destacou ainda a criação de uma câmara de acompanhamento do emprego, para evitar aumento da taxa de desemprego como efeito das tarifas americanas.

      O plano também recebeu elogios de especialistas, mas com ressalvas. Para a colunista Miriam Leitão, do jornal O Globo, há ações que devem se tornar permanentes, como a modernização do Fundo de Garantia de Exportação (FGE), que pode ampliar o acesso ao crédito para pequenas empresas — hoje restrito a apenas 1% delas, contra 40% na Coreia e na Índia. Por outro lado, mecanismos como o Reintegra devem ter prazo de validade para evitar distorções.

      Entre as medidas emergenciais, o governo também incluiu a ampliação do prazo do drawback, permitindo que empresas mantenham créditos tributários por até um ano, e o diferimento de impostos por dois meses. Do total de R$ 30 bilhões, cerca de R$ 9,5 bilhões ficarão fora do teto de gastos, o que, segundo especialistas, exige cautela para não comprometer a meta fiscal.

      Fonte: Mais Goiás

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