Ministro discursou na sessão de retomada do recesso judiciário
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou nesta sexta-feira (1º) que há integrantes de uma organização criminosa que agem de forma covarde e traiçoeira para submeter o funcionamento do STF ao crivo de um Estado estrangeiro.
Moraes afirmou ainda que essas pessoas são “pseudo-patriotas” e, sem nomear o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), disse que se escondem fora do Brasil.
“Temos visto as ações de diversos brasileiros que estão sendo processados pela PGR ou investigados pela PF. Estamos verificando diversas condutas dolosas e conscientes de uma verdadeira organização criminosa que, de forma jamais vista, age de maneira covarde e traiçoeira para submeter o funcionamento do STF ao crivo de um Estado estrangeiro”, afirmou.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou nesta sexta-feira (1º) que há integrantes de uma organização criminosa que agem de forma covarde e traiçoeira para submeter o funcionamento do STF ao crivo de um Estado estrangeiro.
Sem citar diretamente o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Moraes se referiu a ele como um dos envolvidos nas ameaças ao Judiciário. “São pseudo-patriotas que se encontram foragidos e escondidos fora do território nacional”, declarou.
As falas do ministro ocorreram durante sessão do STF, no momento em que o tribunal retoma os trabalhos após o recesso do Judiciário. Moraes denunciou que há uma tentativa explícita de interferência no andamento das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, processso no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu.
De acordo com o magistrado, os ataques ilegais a autoridades brasileiras têm como objetivo criar instabilidade econômica e social no país.
“Essas agressões espúrias e ilegais contra autoridades brasileiras, tem por finalidade criar uma grave crise econômica no Brasil, que para desgosto desses brasileiros não ocorrerá”, disse.
Moraes afirmou ainda que há “fartas provas” de que os investigados atuaram nos EUA para conspirar contra o Estado brasileiro e realizar ações hostis à economia nacional, sempre guiados por interesses pessoais.
“O modus operandi golpista é o mesmo, antes acampamentos nos quarteis, invasão na praça dos três poderes, […] incentivo à taxações ao Brasil, incentivo à crise econômica, que gera a crise social e por sua vez gera crise política, para que novamente haja uma instabilidade social e um novo ataque golpista”, afimrou.
O ministro também criticou a recente ameaça feita por Eduardo Bolsonaro aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Moraes classificou a ação como “patética” e inconstitucional, movida apenas por interesses pessoais.