Decisão de Pedro Lucas Fernandes reforça independência do partido e fortalece oposição ao governo Lula, avalia governador de Goiás
Goiânia — O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), comemorou publicamente nesta quarta-feira (23) a decisão do líder da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes (MA), de recusar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o comando do Ministério das Comunicações.
“Me alegra profundamente essa decisão. Foi um gesto de coerência e respeito ao projeto que o União Brasil vem construindo como alternativa ao atual governo”, afirmou Caiado ao jornal O Popular. O governador, um dos nomes cotados para disputar a Presidência da República em 2026, tem adotado postura firme de oposição ao Planalto.A recusa de Fernandes é vista por analistas como um movimento estratégico para preservar a autonomia do partido, que hoje ocupa uma posição ambígua no cenário político nacional — participando parcialmente do governo, mas com alas relevantes na oposição.
Segundo aliados de Caiado, o gesto reforça o discurso de independência e abre caminho para uma maior coesão interna na sigla, em meio às articulações eleitorais que já se intensificam visando as eleições presidenciais de 2026.
A decisão também envia um recado ao Palácio do Planalto: nem todas as alianças se compram com cargos. E o União Brasil, pelo menos por enquanto, parece querer manter a distância segura entre apoio pontual e comprometimento político.
A recusa de Pedro Lucas Fernandes ao convite de Lula para o Ministério das Comunicações representa mais do que um simples “não” a um cargo — é um recado político claro. E a reação de Caiado deixa isso ainda mais evidente. Em um cenário de alianças fluidas e muitas vezes incoerentes, ver um partido optar pela independência ao invés da acomodação é raro — e, para alguns, até admirável.
Caiado aproveita o momento para reforçar sua imagem de líder coerente e opositor firme ao governo. De olho em 2026, ele sabe que gestos como esse ajudam a consolidar um discurso de alternativa real ao lulismo. Resta saber se o União Brasil vai manter esse tom ou se, mais adiante, o pragmatismo político vai falar mais alto.
Fonte: https://jornalaguaslindas.com.br/
