Bolsonarismo planeja bancar candidato a governador em Goiás em 2026

Jair Bolsonaro tem circulado em Goiás com frequência. Um dos motivos é que está ajudando o senador Wilder Morais — neófito em montagem de frentes políticas —, o ex-deputado Major Vitor Hugo (que deverá ser candidato a vereador em Goiânia; em Anápolis, o ex-presidente estaria quase batendo o martelo: deve apoiar o deputado federal Márcio Corrêa para prefeito) e o deputado Gustavo Gayer, todos do PL, a articular estruturas para a disputa das prefeituras em 2024, mas tendo em vista a disputa de 2026.

Bolsonaro postula que, para derrotar o presidente Lula da Silva (ou seu candidato, possivelmente Fernando Haddad) em 2026, será preciso, antes, organizar bases político-eleitorais nas médias e grandes cidades do país. Na última visita ao Estado, em Goiânia sobretudo, Bolsonaro estava com uma listagem de 15 municípios, com seus respectivos eleitorados e vários nomes de líderes políticos.

Curiosamente, ele sabe até os nomes de alguns pré-candidatos, e citou nominalmente Márcio Corrêa, de Anápolis, o deputado federal Professor Alcides Ribeiro e o ex-deputado federal Lissauer Vieira. Quando alguém citou a vice-prefeita de Luziânia, Ana Lúcia, Bolsonaro quis saber quem era.

Bolsonaro está entusiasmado com Gustavo Gayer e acredita que ele poderá fazer “boa figuração” em Goiânia, mesmo que não seja eleito. O importante, frisou o ex-presidente, é constituir bases eleitorais nas grandes cidades.

Major Vitor Hugo e Márcio Corrêa: possíveis aliados em 2024 | Foto: Divulgação do MDB

O ex-presidente perguntou a mais de um interlocutor se o PL tem condições de eleger os prefeitos de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Rio Verde (não citou Luziânia, e chegou a pronunciar “Luiziânia”, quando alguém lembrou-lhe o nome da cidade). Apesar do entusiasmo com Gustavo Gayer, que tem um discurso azeitado mas prega para os convertidos, o bolsonarismo aposta mais em possíveis vitórias de Professor Alcides, em Aparecida de Goiânia, e Lissauer Vieira, em Rio Verde.

Bolsonaro sugeriu que, se conseguir eleger os prefeitos de Goiânia, Aparecida, Anápolis e Rio Verde, “o PL estará com a faca e o queijo nas mãos para eleger o governador em 2026”. O ex-presidente cometeu um equívoco: Márcio Corrêa, apesar do entusiasmo pelo bolsonarismo, irá apoiar o vice-governador Daniel Vilela, do MDB, para governador em 2026. Mais do que aliados políticos, os dois são amigos. De fato, o deputado federal votou em Bolsonaro em 2022, porque é de centro-direita, mas é leal a Daniel Vilela.

Perdendo ou ganhando, Gustavo Gayer e Professor Alcides deverão acompanhar Wilder Morais, se este for mesmo candidato a governador (há quem postule que vai se resguardar para a disputa de 2030; porém, se fizer isto, estará contrariando Bolsonaro, que o quer na disputa em 2026). O sonho do ex-presidente é emplacar Major Vitor Hugo, seu amigo do peito, como candidato a senador. Mas, antes, ele terá de se firmar em Goiânia, como candidato a vereador. Ou então como vice de Márcio Corrêa em Anápolis.

Bolsonaro teria insistido, segundo uma fonte, que não quer composição com o senador Vanderlan Cardoso, do PSD, em Goiânia. Falando de maneira genérica — e não especificamente sobre o senador goiano —, ele teria dito que é “melhor perder com um aliado do que ganhar com um traidor”.(E.F.B.)

Fonte: Jornal Opção

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