A superintendente da região centro-sul da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Flávia Costa, foi exonerada do cargo após denúncias de assédio moral. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF) desta quinta-feira (4).
As acusações vão desde intimidação até a exoneração de cargos. A superintendência é responsável pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), policlínicas e hospitais do Guará, Estrutural, SCIA, SIA, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I e II, e Park Way.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/s/w/5gS7QHT4O4o3bi5vF1kA/image-1-.jpg)
Texto do Diário Oficial do DF de exoneração de Flávia Costa do cargo de superintendente da região de Saúde Centro-Sul — Foto: Diário Oficial DF
De acordo com o DODF, quem assume o cargo é Michelle Nunes do Amaral Lopes. A reportagem tentou contato com Flávia Costa, por telefone, mas não obteve retorno até a última atualização desta publicação. A Secretaria de Saúde disse que não compactua com a prática de assédio, “em qualquer grau”.
Denúncias
Há três meses, uma servidora com 48 anos de serviço na Secretaria de Saúde registrou um boletim de ocorrência contra a superintendente. O caso é investigado pela delegacia do Núcleo Bandeirante.A técnica em enfermagem, de 60 anos, contou que foi ofendida e intimidada por Flávia Costa, durante o atendimento a um paciente na policlínica do Núcleo Bandeirante.
De acordo com os relatos, o paciente não tinha um número de prontuário, necessário para que o atendimento fosse realizado. Então, a servidora o encaminhou para o setor responsável pela informação.
Esse paciente teria ligado para o telefone pessoal da superintendente, que falou para a técnica em enfermagem: “Acolhe o paciente, se não você vai se ver comigo”, afirma a servidora na denúncia.
Em áudios obtidos pela TV Globo, um servidor que prefere não se identificar conta que Flávia Costa se exalta e usa palavras de baixo calão em diversas reuniões com gestores.
As ameaças de exoneração contra os funcionários também seriam constantes, segundo os relatos. “Diz que tem uma blindagem política muito forte, que nada pode tirá-la do cargo e isso deixa o nosso trabalho bem complicado”, afirma o funcionário.