A Primeira Turma Criminal do TJDFT adiou para o próximo dia 23 de junho, às 13h30, a análise do pedido de cancelamento do Júri que condenou Adriana Villela por suposto envolvimento no triplo homicídio que ficou conhecido como o crime da 113 Sul.
Na sessão, que estava marcada para acontecer nesta quinta-feira, seriam analisados um recurso apresentado pelos advogados que apontam irregularidades na sessão do Tribunal do Júri que a condenou a 67 anos de prisão, em outubro de 2019.
Na petição, com mais de 200 páginas, os advogados argumentam o cerceamento da defesa por terem sido impedidos de acessar mídias com depoimentos dos réus confessos do crime nos quais eles afirmam que Adriana não teve qualquer participação no episódio.
Além disso, antes da realização do Júri, uma das juradas se manifestou em redes sociais com críticas ao advogado de Adriana, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e mentiu quando questionada a respeito pelo juiz do caso, durante a seleção de jurados, antes do início da sessão. Outro argumento foi uma juntada de provas feita pela acusação fora dos prazos processuais. O julgamento foi o mais longo da história do DF, durou 10 dias com 103 horas de sessão.
Não há qualquer evidência no processo que indique envolvimento de Adriana no crime. Pelo contrário, há mostras de conchavos entre a Polícia Civil do DF e Ministério Público, relatos de torturas dos réus e outras irregularidades que levaram 11 policiais à Justiça, dentre eles, a ex-delegada Martha Vargas, que foi condenada à prisão e expulsa da Polícia Civil do DF.