A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) abriu um processo administrativo para apurar problemas em pistolas da marca CZ, modelo P-10. As armas foram adquiridas em 2020, por meio de um contrato no valor de R$ 17,4 milhões. Ao todo, a corporação comprou 11.550 pistolas.
A abertura da investigação foi publicada no último dia 15, no Diário Oficial do DF. O armamento é da fabricante tcheca Ceska Zbrojoka, representada no Brasil pela empresa HFA Importação e Distribuição de Produtos de Segurança.
Segundo a corporação, o defeito ocorre “em especial no pino 31 e também na rampa de acesso à câmara das pistolas, que precisam de polimento, ocasionando falha de carregamento e pane de trancamento”.
O g1 questionou a Polícia Militar sobre os problemas apresentados nas armas, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto. A reportagem também entrou em contato com a empresa HFA Importação e Distribuição de Produtos de Segurança. No entanto, não houve retorno.
Problemas
Uma nova portaria foi publicada no último dia 23 para detalhar os problemas apresentados nas pistolas. Segundo o processo administrativo aberto pela corporação, os defeitos elevaram a demanda no Centro de Material Bélico (CMBel), “pois as armas recolhidas precisam passar por análise e emissão de relatório, confirmando-se a necessidade de troca”.
O processo administrativo não detalha em quantas armas foram identificados os problemas. A Polícia Militar tem 30 dias para concluir as investigações.
O relatório final deve trazer “responsabilização e devida indicação de penalidades à contratada por quebra de cláusula contratual, se houver”. Além disso, pode ser apontada responsabilidade e/ou possível erro da administração dentro da própria corporação.
“Caso haja indícios de negligência, imprudência ou dolo por parte de qualquer integrante da corporação, indicá-los e requerer ao final o tombamento em sindicância ou Inquérito Policial Militar”, aponta o processo. (G1)