Dr. Jairinho e a mãe de Henry Borel são presos pela morte do menino

Policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) prenderam na manhã desta quinta-feira (8) o casal Monique Medeiros e o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) pela morte de Henry Borel, de 4 anos, ocorrida na madrugada do último dia 8 de março. Henry é filho de Monique com o engenheiro Leniel Borel. Para a Polícia Civil, o menino foi assassinado após sofrer sessões de tortura.

Os mandados de prisão contra o casal são temporários por 30 dias e foram expedidos nesta quarta-feira (7) pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A versão contada pelo casal foi de que a criança sofreu um acidente no quarto onde os três moravam, na Barra da Tijuca. Essa hipótese foi descartada pela polícia.

Jairinho e a namorada Monique são suspeitos de atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões com algumas testemunhas. A polícia identificou que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, tudo isso com o conhecimento da mãe, que era conivente.
INVESTIGAÇÕES

Desde o início das investigações a Polícia Civil ouviu 18 testemunhas, entre médicos que atenderam o casal no Hospital Barra D’Or, uma psicóloga, legistas, a faxineira do apartamento do casal, ex-namoradas de Jairinho e a babá de Henry Borel.
Segundo as investigações, a babá teria mentido em seu depoimento. Ela teve o celular apreendido nesta quinta-feira. Uma ex-namorada do vereador o denunciou por agressões contra ela e a filha, na época menor.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro diz que o vereador Dr. Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o menino Henry Borel, seu enteado, semanas antes da morte da criança. Ainda segundo as investigações, a mãe de Henry, Monique Medeiros, sabia de agressões. Jairinho teria se trancado no quarto do apartamento do casal para bater no menino.
NECROPSIA

A causa da morte de Henry Borel foi por “hemorragia interna e laceração hepática – danos no fígado – causada por uma ação contundente”. No entanto, o que chamou a atenção da polícia foram as anotações feitas pelo legista Leonardo Huber Tauil.
Segundo o documento assinado pelo perito, à criança tinha múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores, infiltração hemorrágica na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, apontou grande quantidade de sangue no abdômen, contusão no rim e trauma com contusão pulmonar. (Informações de O Dia e G1)

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