CARLOS HONORATO (pontofinal@carloshonorato.com.br)
– Agentes do atraso continuam querendo jogar no lixo o seguro sistema de votação eletrônica do Brasil. Até mesmo o presidente Jair Bolsonaro anda dizendo que o voto impresso é uma necessidade. Acredita-se que talvez seja por não entender como funciona tecnicamente o sistema de votação. Não seria o caso do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, fazer uma apresentação do sistema de votação ou enviar um kit no estilo “como funciona”. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um defensor do atual sistema, foi cirúrgico sobre o assunto: “o tema não tem que entrar na pauta”.
Abstenção
A impressão que se tem no Brasil é que se o voto não fosse obrigatório pouquíssima gente iria votar. Tanto que a abstenção no segundo turno das eleições bateu a casa dos 30%. O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, considerou o índice bem maior do que o desejável. O que incentiva a abstenção é o baixo nível dos candidatos em todos os níveis.
Eleitor cansado
O eleitor carioca deu uma demonstração clara que já não suporta mais as mazelas dos políticos contra o Rio de Janeiro. Eleito domingo para a prefeitura do Rio com 64,07% dos votos válidos, Eduardo Paes (DEM) foi escolhido por apenas 33,58% dos cariocas – 1.629.319 votos. O total de votos de Paes são inferiores ao número dos eleitores que não compareceram às urnas, 1.720.154, 35,5%. E mais: os eleitores que optaram pelo voto nulo ou em branco somaram 2.308.868, 47,58% do total. Uma triste realidade.
Arrumar a casa
Parece que o PT precisa começar a pensar no futuro e enfrentar seus problemas internos com mais eficiência. Pela primeira vez desde a redemocratização, o partido não elegeu prefeito em nenhuma das capitais. A poderosa máquina petista começou a perder força. Até mesmo Lula já não encanta como em outros tempos.
Bolsonarismo e esquerda
No primeiro turno o chamado inexistente “bolsonarismo” do baixíssimo clero tomou uma surra nas urnas. No domingo, segundo turno das eleições 2020, foi a vez da esquerda. O PT, que não é esquerda, venceu apenas 4 das 15 disputas. O PSOL venceu em Belém, com Edmilson Rodrigues, mas foi derrotado em São Paulo por quase 20% para o PSDB, de Bruno Covas e João Doria. Mas vale ressaltar que Guilherme Boulos foi o maior vencedor dentro da esquerda com mais de 2 milhões de votos em São Paulo. A eleição paulista pode servir como uma espécie de alerta para o comportamento da esquerda nas próximas disputas.
Caiado prega união
Elegante, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) parabenizou o prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), que venceu o seu candidato Vanderlan Cardoso (PSD). Para Caiado, o momento é de união de forças na defesa dos interesses maiores da população de Goiânia.
Sem respeito
O candidato derrotado à prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD), foi um péssimo perdedor. Aconteceram muitos exageros por parte da campanha em função da internação de Maguito. Tanto que o presidente do MDB, Daniel Vilela (MDB), desabafou: “não tiveram o mínimo respeito com a vida humana. Saíram com carro de som anunciando a morte do nosso candidato”.
Cauteloso
Com o prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), interna há mais de 30 dias em uma UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o vice-prefeito Rogério Cruz (Republicanos) não quer tomar qualquer medida, tipo secretariado e outras providências. Cauteloso, Cruz prefere aguardar e apostar na recuperação de Maguito.
Guará em alta
Uma boa notícia para o Guará. A cidade vai ganhar um complexo educacional com creche e três escolas públicas. O projeto custará em torno de R$ 38 milhões, mas o GDF contará com financiamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e de emendas parlamentares. As novas unidades vão oferecer 3.924 novas vagas na rede pública.
Robério otimista
Além de otimista, o deputado distrital Robério Negreiros (PSD) vê o novo Refis-DF como uma nova forma de arrecadação num momento de crise econômica. O parlamentar explica que as emendas ajudaram a aperfeiçoar a matéria. Já o deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos) diz que é “louvável” a coragem de inovar da Secretaria de Economia.