Médico suspeito de desviar respiradores da rede pública é afastado da direção do Iges-DF

O Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF) decidiu afastar o médico Fabiano Duarte Dutra do cargo de diretor de Atenção à Saúde da organização. A medida ocorre após o servidor ser apontado pela Polícia Civil (PCDF) como um dos chefes de suposto esquema de desvio de respiradores da Secretaria de Saúde.

Dutra é investigado pela Operação In Rem Suam, deflagrada nesta quarta-feira (3) pela PCDF em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT). A suspeita é de que equipamentos hospitalares da rede pública estariam sendo desviados de hospitais e revendidos a terceiros ao próprio GDF por meio de empresas.

Segundo a investigação, a suposta fraude ocorreu durante compras emergenciais autorizadas pelo governo durante a pandemia do novo coronavírus. Nesses casos, a aquisição é feita sem licitação.

Em nota ao G1, o advogado do médico, Cleber Lopes, informou que o afastamento ocorre “para resguardar a defesa” de Dutra. Ele afirmou que “não há nenhuma prova de furto” e que tem “convicção de que o inquérito será arquivado “.

Afastamento

Segundo o Iges-DF, além de afastar o servidor, o instituto instaurou uma apuração interna “para averiguar qualquer fato que possa prejudicar a instituição”. Veja íntegra da nota:

“O IGESDF informa que o investigado já foi afastado do cargo e, por intermédio da Assessoria de Compliance, foi instaurada uma apuração interna para averiguar qualquer fato que possa prejudicar a instituição.

O IGESDF reforça que a gestão é pautada pela transparência, não tolera irregularidades e todos os dados necessários serão repassados à equipe que conduz a operação.

Ressalta, ainda, que não adquiriu insumos ou equipamentos com as empresas investigadas”.

Máfia das Próteses

Em outubro de 2016, Fabiano Dutra foi preso em outra operação, que apurava a existência de uma suposta Máfia das Próteses. Na época, uma denúncia anônima levou a polícia até o Parque Ecológico Dom Bosco, onde agentes identificaram papéis, pendrives e HDs destruído – os pertences seriam supostas provas. Câmeras de segurança mostraram o médico chegando e saindo de carro.

“Havia prontuários médicos, nome de outros funcionários do hospital, documentos indicando existência de repasses médicos e nome de planos de saúde”, afirmou à época o delegado Adriano Valente, que estava à frente da investigação. O médico era coordenador de Ortopedia da Secretaria de Saúde e também atuava em um dos estabelecimentos então investigados como médico cirurgião. (G1)

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