Por Agência Brasil
O primeiro caso do novo coronavírus em um morador do Brasil foi identificado no dia 26 de fevereiro. Dois dias após a confirmação, os pesquisadores conseguiram fazer o primeiro sequenciamento genético do novo coronavírus (o Covid-19) da América Latina. O segundo caso do novo coronavírus no Brasil foi confirmado no dia 29 de fevereiro. Ambos os pacientes são moradores de São Paulo, mas estiveram recentemente na Itália.
Segundo a Fapesp, o sequenciamento completo do segundo caso isolado viral foi concluído em 24 horas. Os dados do estudo serão divulgados em breve.
O trabalho tem sido conduzido com apoio do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde) – uma rede de pesquisadores dedicada a responder e analisar dados de epidemias em tempo real.
Para fazer o sequenciamento, com monitoramento em tempo real, o grupo faz uso de um equipamento portátil conhecido como MinION, usado pela primeira vez no país em 2016 para mapear a evolução do zika vírus.
Segundo Sabino, a principal vantagem de se monitorar em tempo real uma epidemia é a possibilidade de identificar de onde exatamente veio o vírus que chegou ao país, o que ajuda na promoção de ações para reduzir a disseminação da doença.
Claudio Tavares Sacchi, responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, disse que a intenção é sequenciar os genomas dos vírus em todos os casos que forem confirmados no país. Mas se os casos positivos começarem a se multiplicar em larga escala, o trabalho vai passar a ser orientado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde, que também integra o Projeto Cadde. “Nesse caso o sequenciamento passará a ser feito por amostragem e com base em métodos estatísticos, de modo a garantir que os casos amostrados sejam representativos do total”, disse o pesquisador.







