
O Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos do mundo, segundo o International Diabetes Federation (IDF). São 12,5 milhões (7%) de brasileiros afetados, de acordo com o Ministério da Saúde. O oftalmologista Hilton Medeiros (foto), da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio, explica que é comum pessoas com tipo I ou II de diabetes terem retinopatia diabética. “A retinopatia está diretamente ligada ao tempo de evolução do diabetes, mas certos cuidados podem prevenir ou retardar o surgimento da doença, tais como controlar o açúcar no sangue e a pressão sanguínea, não fumar e seguir dieta adequada”, afirma o médico.
O tratamento é feito com fotocoagulação a laser e vitrectomia associada à injeções intravítreas, como o Lucentis que reduz o risco de cegueira em menos de 5%. Na fotocoagulação, mira-se o raio laser na retina para selar os vasos sanguíneos, reduzindo o edema macular. As pequenas cicatrizes resultantes da aplicação do laser reduzem a formação de vasos sanguíneos anormais e ajudam a manter a retina sobre o fundo do olho, evitando o seu descolamento.
Além do laser, injeta-se na cavidade vítrea o Lucentis, substância que inibe e regride os vasos em formação. “O Lucentis contém a substância ativa ranibizumabe, que é parte de um anticorpo. Como anticorpo, ele se liga seletivamente a uma proteína chamada fator de crescimento endotelial, inibindo e regredindo os vasos em formação”, explica o especialista.