Agência do Brasil Rio de Janeiro
O delegado disse que perguntas como quem atirou, de onde partiu o tiro e em qual circunstância esse tiro foi disparado serão esclarecidas ao longo da investigação.
“Pontos importantes foram colhidos nos depoimentos e que há dados relevantes para se chegar a um cenário do que realmente aconteceu naquela localidade [Fazendinha]. Não se descarta fazer rapidamente essa reprodução simulada no local do crime”, disse. As oito armas que estavam em poder dos militares: três fuzis e cinco pistolas foram entregues hoje à polícia.
O delegado disse que foram feitas duas perícias na kombi, onde a menina foi atingida. Uma no dia seguinte ao crime e outra nesta segunda-feira, na porta da Delegacia de Homicídios da Capital. Daniel Rosa disse que o utilitário está apreendido na delegacia e serão feitas novas perícias se necessário.
A menina Ágatha Félix morreu após ser atingida nas costas por um disparo de fuzil quando seguia para casa de kombi na sexta-feira (21), na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão.
Moradores da comunidade dizem que o tiro partiu de um dos policiais, quando houve abordagem a uma motocicleta roubada, ocupada por dois homens, que fugiram no momento da abordagem e houve o disparo por um dos policiais que integrava a equipe.
A Polícia Militar nega essa versão. O coronel Mauro Fliess, porta-voz da corporação, diz que os militares foram atacados por traficantes da Fazendinha quando estavam em patrulhamento e que o crime será apurado dentro do rigor que o caso requer. “Não vamos recuar. Estamos no caminho certo. Estamos reduzindo o número de homicídios dolosos e lamentamos profundamente que pessoas como Ágatha e outras que perderam suas vidas. Lamentamos profundamente esse caso e prestamos solidariedade”, disse o oficial.