O presidente Jair Bolsonaro indicou, na tarde desta segunda-feira (12), que tomou a decisão de suspender o uso de radares móveis sem considerar a avaliação de especialistas e de estudiosos no tema. Conforme o presidente, as recomendações geram custos aos motoristas, por conta da aplicação de multas. Informações da RBS.
— Consultei muita gente (para tomar a decisão), agora, o uso (dos radares móveis) não está sendo adequado. Então, está suspenso até segunda ordem isso aí. Chega de estudiosos e especialistas que só fazem assaltar o contribuinte. Estou tentando acabar com os radares fixos também, mas estou com problema na Justiça. Quero é dar liberdade para o povo. E, aquele que se excede, a polícia pode pará-lo, sim, e aplicar uma multa que ele merece. Mas não ficar usando como caça-níquel — respondeu, ao ser questionado se tomara a decisão com base em estudo da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Questionado se a PRF concorda com a decisão anunciada por ele, Bolsonaro afirmou apenas que “o presidente da República é o chefe das Forças Armadas e também das polícias”. As falas de Bolsonaro ocorreram por volta das 14h, durante entrevista coletiva às margens da BR-116, onde visitou o conteiro de obras da duplicação da rodovia.
Mais cedo, em Pelotas, o presidente havia anunciado o fim do uso de radares móveis. Na oportunidade, Bolsonaro disse que a medida será implementada na próxima semana, sem contudo precisar o dia em que os policiais não poderiam mais utilizar o equipamento.
— A partir da semana que vem, não teremos mais radares móveis no Brasil — prometeu em Pelotas.
Bolsonaro critica recorrentemente o que considera ser uma “indústria da multa”, atacando o uso de diversos formatos de controladores de velocidade. O presidente já defendeu, em outras oportunidades, o fim dos pardais e lombadas eletrônicas.