Neste domingo (11) é dia de celebrar o orgulho LGBT na 2ª Parada da Candangolândia, no Distrito Federal, promovida pelo projeto “Brasília sem LGBTfobia”. O evento contará com uma passeata que irá se concentrar na Praça das Bandeiras, às 14h, seguida de diversas apresentações de DJ’s e artistas. Uma das artistas mais esperadas pelo público é Pikineia, dona dos hits “Rainha da Colmeia” e “Acessível”, que fará um super show na data.
As passeatas promovidas neste ano pelo projeto “Brasília sem LGBTfobia” têm relembrado a Revolta de Stonewall, considerada um marco do movimento de liberação gay e do ativismo pelos direitos LGBT, já que fez com que a pauta ganhasse espaço nos debates políticos e sociais.
O levante que fez com que o bar Stonewall Inn, em Nova York, ficasse mundialmente conhecido aconteceu em 28 de junho de 1969. Segundo relatos, na madrugada daquele dia, policiais se voltaram contra alguns frequentadores do bar e treze pessoas foram detidas. Isso gerou indignação no público local, em sua maioria gays, que foram às ruas no dia seguinte protestar por sua liberdade.
Dados do 2º Relatório Sobre Violência Homofóbica no Brasil (2012), divulgados pela Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de LGBT- CGLGBTda Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República SDH/PR, apontam que o número de denúncias cresceu 166% em relação ao ano anterior, saltando de 1.159 para 3.084 registros. O levantamento apontou que no ano de 2011 foram realizadas 239 denúncias sobre 411 casos de violência LGBTfóbica. No Distrito Federal os índices sofreram, neste mesmo período, um aumento de 431% em relação a 2011, quando foram registradas 45 denúncias. Para que o DF seja visto como um ambiente seguro à população LGBT, ainda necessita de políticas públicas.
Os números apontam a necessidade de projetos que promovam não somente a efetividade na execução de políticas públicas específicas para a população LGBT, mas também, ações sociais, educativas e culturais no sentido de preparar a sociedade sobre questões da LGBTfobia institucionalizada no país.
O público formado por Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros – LGBT do Distrito Federal, possui uma história de luta para a conquista de direitos ao respeito pela diversidade sexual, como defende as diretrizes e orientações do relatório da III Conferência Distrital LGBT (2015), referendadas pelo Plano de Governo da atual gestão, bem como do Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH3, dentro dos objetivos estratégicos: garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero.
O projeto “Brasília Sem LGBTfobia” de promoção e defesa dos direitos da população LGBT, bem como de incentivo às manifestações culturais do segmento, pretende ser celebrado no Termo de Fomento com a Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Distrito Federal para execução de Emenda Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).