Por Vladimir Platonow – Agência Brasil Rio de Janeiro
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o objetivo da operação é prender um traficante suspeito de ser o responsável por uma guerra entre facções no Morro do Salgueiro, no município de São Gonçalo.
A Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o uso da aeronave na operação.
Em junho do ano passado, um confronto entre policiais civis e traficantes, também na Maré, causou a morte do estudante Marcos Vinícius, de 14 anos, que estava a caminho da escola quando foi atingido por tiros. Um helicóptero fazia parte da ação. Moradores disseram, à época, que tiros haviam partido da aeronave. Porém, o próprio adolescente disse à sua mãe, no hospital, que os tiros tinham partido de um carro blindado da corporação, conhecido como caveirão.
No ano passado, motivado pela morte de Marcos Vinícius, o então secretário estadual de Segurança do Rio, general Richard Nunes, proibiu que helicópteros da polícia atirassem em forma de rajada durante operações em comunidades e determinou que somente fossem feitos disparos em legítima defesa da tripulação, das equipes em terra e da população. A medida consta de instrução normativa editada pela Secretaria Estadual de Segurança em 2 de outubro.
No Artigo 7º, o documento traz normas sobre o emprego de aeronaves nas operações em áreas consideradas sensíveis, definidas como “localidades onde se presume que possa ocorrer elevado e iminente risco de confronto armado com infratores da lei, em razão do desencadeamento de uma operação policial, colocando em risco, acima do tolerável, os policiais e a população em geral”. Entre as localidades estão aquelas próximas a unidades de ensino, creches, postos de saúde e hospitais.