Rejeitado pelas urnas, réu por corrupção passiva na Operação Drácon por suspeita e receber propina em roca de emendas parlamentares e acusado pelo Ministério Público por um esquema de fraudes na concessão de bolsas de pesquisa científica na Fundação de Apoio à pesquisa, o ex-deputado distrital Cristiano Araújo (PSD) foi indicado para a Diretoria de Administração do Metrô-DF.
E mais: em novembro de 2015, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) ajuizou ação de improbidade administrativa contra o deputado distrital Cristiano Araújo (PTB) pela prática de nepotismo.
No entendimento do Ministério Público, a nomeação e a permanência de Ana Lúcia Pereira de Melo, tia do parlamentar, então em cargo em comissão no gabinete do deputado ofende a Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (STF) e os dispositivos da Lei 8.429/92.
GENEROSIDADE
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), tem sido muito generoso com os rejeitados pelas urnas. Cristiano Araújo é o quatro que consegue um emprego no GDF, apesar de recomendação do Ministério Público pela não nomeação de ex-políticos ou dirigentes de partidos para empresas públicas.
Também foram beneficiados o ex-deputados Wellington Luiz (MDB), que comanda a Codhab; Raimundo Ribeiro (MDB), na diretoria da Adasa; e Bispo Renato (PR), que ficará na articulação política com a Câmara Legislativa. Todas as nomeações estão sendo condenadas nas redes sociais.
