“De qualquer modo, essas situações foram narradas na denúncia e as dez vítimas figuram na denúncia condição de testemunhas”, explicou a promotora Gabriella de Queiroz, que faz parte da Força Tarefa que investiga os crimes de João de Deus.
Entre os crimes que já prescreveram e que o Ministério Público não poderá reivindicar punições, há fatos que aconteceram desde 1975 até maio deste ano. Já outros cinco casos ainda irão precisar de investigações complementares para que uma nova denúncia possa ser gerada.
Na última quinta-feira (27), o Tribunal de Justiça de Goiás determinou o bloqueio de R$ 50 milhões das contas do médium. Segundo o Ministério Público de Goiás, R$ 20 milhões serão destinados à reparação das vítimas e R$ 30 milhões à indenização por dano moral coletivo.
Ontem, a Justiça de Goiás concedeu um habeas corpus em favor de João de Deus, convertendo a prisão preventiva em prisão domiciliar no caso da posse ilegal de armas. No entanto, o juiz plantonista Wilson Saflate Faiad manteve o médium atrás das grades, porque a decisão prevê que a liberdade seria dada “se por outro motivo não estiver preso”.
Contra João de Deus há centenas de acusações de abuso sexual, o que o mantém atrás das grades. O habeas corpus se referia exclusivamente à questão das armas irregulares, apreendidas na casa dele durante uma busca policial no último dia 19.
João de Deus está preso desde 16 de dezembro no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO). Ele se entregou em uma encruzilhada, em uma estrada vicinal de Goiás. (Portal R7)