“Nas nossas contas, vai beirar R$ 3 bilhões. Se não passar, porque ainda tem contas como os precatórios que não foram pagos, foram arrolados. Isso sem mencionar as outras [despesas] que não foram contabilizadas”, afirmou Britto.
Entram nas contas, por exemplo, as dívidas com empresas que prestam serviços para o GDF. “Tem prestadores que não receberam ou receberam atrasados”, disse Britto, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20/12). As declarações foram dadas após ele participar de reunião com o futuro secretariado de Ibaneis, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).
Britto pontua, entretanto, que confia na palavra do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que teria prometido entregar as chaves do Palácio do Buriti com a folha de fornecedores em dia.
Segundo o futuro vice, o valor deficitário não prejudicará os projetos da próxima gestão. Isso porque a equipe de transição angariou em torno de R$ 1 bilhão com o governo federal. “Proporcionalmente, conseguimos mais dinheiro que todo a gestão Rollemberg”, declarou.
Superávit
Os cálculos apresentados nesta quinta (20) divergem dos números apresentados por Rollemberg. No último dia 14, ele convocou jornalistas para dizer que se despedia do Executivo de “alma leve”.
Na ocasião, Rollemberg destacou que está deixando dinheiro em caixa. “No dia 3 de janeiro, Ibaneis terá, limpinho, R$ 600 milhões nos cofres públicos”, afirmou. “No início de janeiro, depois de pagar todos os servidores, ele [Ibaneis] terá mais de R$ 600 milhões na conta”, assegurou.