Apoiadores de Trump veem eleição parlamentar como batalha para defender presidente

Por Reuters

Presidente dos EUA, Donald Trump, faz pronunciamento para apoiadores em Chattanooga, Tennessee, no domingo (4)  — Foto: Jonathan Ernst/ Reuters

Presidente dos EUA, Donald Trump, faz pronunciamento para apoiadores em Chattanooga, Tennessee, no domingo (4) — Foto: Jonathan Ernst/ Reuters

Mas em um comício de Trump realizado no sábado em um hangar lotado em Macon, na Geórgia, e em outros eventos do tipo, as eleições tratam de algo muito diferente: um voto para proteger um líder que os apoiadores veem sob cerco e cuja retórica incendiária é o preço a ser pago por romper com as normas.

“Ele está devolvendo o emprego das pessoas. Ele está mostrando a realidade”, disse Barbara Peacock, funcionária aposentada dos correios de 58 anos de Macon enquanto olhava o material de campanha de Trump para 2020.

 

Em comícios repletos de apoiadores majoritariamente brancos em bolsões conservadores do país, ela e muitos defensores de Trump creditam a ele uma melhora no país e em suas vidas.

Vestindo camisetas de Trump e acenando com cartazes “Torne a América Grande Novamente” e “Terminem o Muro”, eles esperam fazer das ideias do presidente a força dominante da vida política da nação durante décadas.

Eleitores americanos vão às urnas para as eleições de meio de mandato

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Porém, eles enfrentam grandes obstáculos. Nacionalmente cerca de 52 % dos EUA desaprovam a atuação de Trump, e mais pessoas dizem que votarão em um candidato democrata do que em um republicano na votação de terça-feira, segunda uma pesquisa Reuters/Ipsos.

Em Grand Rapids, no Michigan, o ativista pró-Trump Ben Hirschmann, de 23 anos, acredita que a votação será decisiva para a visão de Trump para os EUA. “Trump não está na cédula, mas está na cédula. Tudo por que votamos em 2016 está em jogo em 2018”, disse ele em um evento de angariação de eleitores por telefone na sede republicana local.

Trump tem uma estratégia clara: incentivar o comparecimento republicano se concentrando na imigração ilegal, como uma caravana de imigrantes que atravessa o México rumo aos EUA, e ao mesmo tempo enfatizando os avanços na economia e rotulando seus oponentes democratas como uma “multidão” raivosa, liberal e perigosa.

“A escolha é clara. Os democratas produzem multidões, os republicanos produzem empregos”, disse ele em um comício em Missoula, em Montana.

 

‘Midterms’

 

Os eleitores americanos irão às urnas na terça-feira (6) para escolher novos representantes para a Câmara, um terço do Senado e mais de 75% de seus governadores.

As eleições desta semana são chamadas “midterms”, porque acontecem, a cada quatro anos, sempre no meio do mandato presidencial. E, embora costumem receber menos atenção da mídia e dos eleitores, são muito importantes porque podem alterar o peso da influência de cada partido no legislativo.

No momento, o Partido Republicano, mesmo de Donald Trump, tem vantagem em todas as frentes. São dele os governadores de 33 dos 50 estados do país (além de dois territórios), 51 dos 100 senadores e 235 dos 435 deputados.

Os democratas governam 16 estados (e dois territórios), ocupam 49 cadeiras no Senado e 193 na Câmara. O estado do Alasca é governado por um membro de um partido independente.

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