Candidato à reeleição ao Palácio do Buriti, Rodrigo Rollemberg (PSB) usou as redes sociais na tarde desta quarta-feira (10/10) para se manifestar contra o adversário no segundo turno, Ibaneis Rocha (MDB), na briga pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Em uma publicação no Instagram, o chefe do Executivo local afirmou: “Ibaneis está fazendo pacto com a grilagem quando diz que vai construir casas derrubadas em áreas irregulares com o próprio dinheiro”.
Rollemberg refere-se a uma das maiores polêmicas envolvendo o nome do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB-DF) nestas eleições. Durante uma agenda na Colônia Agrícola 26 de Setembro, o emedebista prometeu reerguer casas demolidas pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis) com o próprio dinheiro. A declaração foi dada em 30 de setembro, um domingo.
Nesta quarta, Rollemberg retomou o assunto: “A campanha de Ibaneis é a maior demonstração de abuso de poder econômico da cidade”, publicou.
Veja o post:
![Reprodução/Instagram](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2018/10/10171635/grilagem-Rollemberg.jpg)
Em vídeo gravado e amplamente divulgado no WhatsApp, Ibaneis fala em um microfone para eleitores: “Para vocês que buscam sua moradia, aqui no DF tem terra para levantar muito tijolo, e nós vamos manter a casa de vocês de pé. As casas que a Agefis derrubou, eu vou reconstruir com meu dinheiro”, disse.
Assista:
Depois da declaração, seis adversários do candidato ao GDF no primeiro turno denunciaram o advogado ao Ministério Público Eleitoral (MPE) por abuso de poder econômico.
Assinaram o documento Alberto Fraga (DEM), Eliana Pedrosa (Pros), Rogério Rosso (PSD), Alexandre Guerra (Novo), Paulo Chagas (PRP) e Fátima Sousa (PSol). Posteriormente, o PSol e o PCB também ingressaram com outra ação sobre o tema.
Agenda de campanha
Durante a manhã desta quarta-feira (10/10), Rodrigo Rollemberg anunciou neutralidade nas eleições ao Palácio do Planalto. O governador não apoiará nem Fernando Haddad (PT) nem Jair Bolsonaro (PSL). Ele também se reuniu com integrantes da Polícia Militar e se justificou sobre o arrocho no serviço público durante seu mandato.
Rollemberg culpou a situação econômica do DF por não ter encaminhado o plano de carreira da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros. “Quando recebemos a sugestão, nós já estávamos em período eleitoral e impedidos de criar novas despesas”, explicou o buritizável.
Porém, prometeu que, caso seja eleito, enviará a proposta já no início de 2019. “Nós vamos encaminhar um plano de carreira que garanta a promoção independentemente de vagas, e o soldado chegará ao topo da carreira com 15 anos. Quero ainda garantir que o Hospital da Polícia Militar seja gerido da mesma forma que o Instituto Hospital de Base e a paridade de vencimento entre ativos e inativos”, disse o governador.