Por Pedro Rafael Vilela – Agência Brasil
Na semana passada, Jungmann já havia dito que há “agentes públicos” e também “políticos” envolvidos na morte da vereadora, e que o crime pode ter sido motivado por disputas políticas e negociações para indicações a cargos públicos. Ele não citou nomes nem entrou em detalhes.
A Anistia Internacional no Rio de Janeiro protocolou, na última terça-feira (14), um documento em que cobra das autoridades respostas para o caso, além de exigir uma investigação independente sobre o crime.
Recursos da loteria
Na reunião de hoje com secretários estaduais de segurança pública, Raul Jungmann anunciou que os estados e o Distrito Federal vão participar da definição de critérios para destinação dos novos recursos para prevenção e combate ao crime e à violência, oriundos da arrecadação das loterias federais.
“Pela primeira vez na história, o Brasil tem recursos ‘carimbados’ e previsíveis para financiamento das polícias através do SUSP [Sistema Único de Segurança Pública]. Então vamos nomear até setembro o novo Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp), que irá definir critérios para repartição do Fundo Nacional e a participação do conselho de secretários de segurança pública nesse processo é fundamental. Não podemos combater o crime organizado sem essa integração”, disse o ministro.
Jungmann lembrou que, na semana passada, o governo federal abriu uma licitação de R$ 1 bilhão para a compra de 8 mil veículos, o que significa, segundo ele, a renovação de 23% de toda a frota das polícias do país. Outros R$ 220 milhões de reais serão utilizados para a compra de coletes à prova de bala. Também estão previstas, segundo o ministério, licitação para a aquisição de drones, armas e motocicletas, que serão destinados às forças de segurança federais e estaduais.