Rodrigo Rollemberg: ‘”vi a minha base se dissolver e isso atrasou algumas ações do governo”

Rodrigo Rollemberg: ‘Vi a minha base se dissolver e isso atrasou algumas ações do governo’

Faltando menos de seis meses para encerrar seu mandato de governador, Rodrigo Rollemberg (PSB) conversou com exclusividade com o Destak e fez um balanço sobre suas principais ações à frente do Executivo local e quais serão metas para esse último semestre de governo. Entre os temas debatidos, Rollemberg falou sobre a falta de apoio da Câmara Legislativa, problemas da saúde, concessão do Mané Garrincha e supersalários das estatais. Leia a seguir os principais trechos.

Destak: Ao longo deste três anos e meio, o GDF teve dificuldades junto à Câmara Legislativa para aprovar projetos de sua autoria. De alguma forma essa falta de apoio dos distritais prejudicou sua gestão? 
Rollemberg: De fato tivemos muitas dificuldades com os deputados nesses três anos de governo. Vi a minha base se dissolver e o apoio ir embora. Porém, sempre buscamos o dialogo e pautas que eram importantes para a população a gente conseguiu que fossem aprovadas, como a criação do Instituto Hospital de Base, reestruturação do Iprev entre outros.
Destak: O senhor tenta agora que os distritais votem um projeto de lei que iria agilizar a concessão do Mané Garrincha. Acredita que conseguirá esse apoio em ano eleitoral?

Rollemberg:Eu não posso afirmar que o projeto será aprovado, mas estamos trabalhando para isso. Os nossos parlamentares aprovam aquilo que acreditam que seja bom para a cidade, e transformar o nosso estádio em um grande complexo de eventos será bom para todo o DF. Então, acho que teremos sim esse apoio.

Destak:O GDF tem divulgado que zerou filas de mamografia e de cirurgias eletivas, porém a saúde é um dos pontos mais criticados da sua gestão. Há como melhorar isso nos seis meses que restam do seu mandato?

Rollemberg:Sem dúvida nenhuma, a saúde é um dos nossos principais problemas e ainda não está do jeito que eu quero. Mudamos o modelo de gestão do Hospital de Base, ampliamos a cobertura do Saúde da Família, inauguramos Unidades Básicas e pagamos as contas que tinha da gestão passada. De fato demorou muito para darmos alguns passos, mas assim como conseguimos zerar algumas filas outras poderão ser zeradas.

Destak:O modelo Instituto Hospital de Base pode ser ampliado para outros hospitais do DF?

Rollemberg:Sem dúvidas. Nossa sociedade demorou um pouco para entender o que era o modelo, e hoje vê que o que fizemos lá funciona, é uma mudança de cultura. Hoje o o Instituto Hospital de Base consegue comprar medicamentos em 45 dias, enquanto em outros hospitais demora até oito meses. Então eu pretendo, sim, levar para outras regiões do DF.
Destak:O DF enfrenta um grande problema que é a falta de vagas nas creches públicas. O senhor prometeu construir novas unidades, entregou algumas porém a lista de espera de crianças de zero até três anos não foi zerada. Como resolver isso no tempo que lhe resta no governo?

Rollemberg:Poucos países universalizaram creche para crianças de até três anos de idade. De fato existe essa demanda no DF, porém construímos 25 novas unidades, outras várias estão sendo ainda construídas e serão entregues neste ano, só em Samamabia teremos mais cinco. Talvez não seja ainda suficiente, mas estamos buscando recursos e parcerias para que essa demanda seja cada vez menor.

Destak:O senhor não concedeu nenhum reajuste para os servidores no seu mandato, existe chance de sair algum aumento nesses próximos seis meses?

Rollemberg:Entramos agora no período eleitoral e a justiça não permite fazer reajustes de salários. Mas eu quero explicar que eu não concedi reajuste porque não havia previsão orçamentária para isso. Eu peguei o DF com bilhões em dívida e tentei trabalhar para pagar esse débitos e manter os pagamentos de salários em dia dos nossos servidores.

Destak:No começo do seu mandato o senhor declarou que tinha recebido o DF com uma dívida de mais de R$ 6 bilhões. Essa dívida já foi quitada?

Rollemberg:Quando eu assumi eu fiz o compromisso de pagar todas as contas que o governo passado tinha feito. Irei finalizar meu mandato com quase tudo pago, o que restar será coisa mínima. Se não fossem essas dívidas eu iria entregar o DF com superávit.

Destak:O racionamento foi encerrado às vésperas das eleições. Não foi uma decisão eleitoreira do senhor?
Rollemberg:De forma alguma, foi uma decisão técnica. Estamos na seca e com 90% do nível do Descoberto, por isso resolvemos acabar com o rodízio. Posso falar que resolvi a crise hídrica do DF.

Fonte: Destak

 

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