Por Luiza Garonce, G1
![Oferta de alimentação em restaurantes (Foto: Brasil Sabor/Divulgação) Oferta de alimentação em restaurantes (Foto: Brasil Sabor/Divulgação)](https://s2.glbimg.com/sbdGhHtgnssjKSA_Zsd3hFMjpw0=/0x0:1600x1002/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2017/06/07/montagem-brasil-sabor.jpg)
Oferta de alimentação em restaurantes (Foto: Brasil Sabor/Divulgação)
O prejuízo estimado dos bares e restaurantes do Distrito Federal com a paralisação dos caminhoneiros, que chega ao oitavo dianesta segunda-feira (28), ultrapassou os R$ 60 milhões, segundo estimativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
O valor representa “de 20% a 30%” do faturamento previsto para maio de todos os estabelecimentos do ramo na capital. “O DF tem 10 mil bares e restaurantes, e cerca de R$ 300 milhões de faturamento médio mensal”, disse ao G1 o diretor regional da Abrasel, Rodrigo Freire.
Segundo ele, o ponto crítico enfrentando por muitos é a falta de gás de cozinha – no momento, um problema pior do que a carência de alimentos. “Não adianta nada se não tiver como cozinhar algumas coisas.”
Botijões de gás enfileirados em depósito (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou, por meio de nota, que os caminhoneiros estão permitindo a passagem de gás apenas para “abastecimento de serviços essenciais”, como hospitais, creches, escolas e presídios.
Caminhões com botijões vazios estão sendo barrados nas rodovias e, segundo o sindicato, isso impede que seja feito o reabastecimento, inclusive para serviços essenciais. “O setor de GLP trabalha com uma logística reversa, na qual é imprescindível o retorno dos botijões vazios às bases para serem engarrafados.”
Franquias
Balcão da lanchonete Dunkin’ Donuts na quadra 404 Sul, no Distrito Federal (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
Os estabelecimentos que mais sentem os efeitos do corte na distribuição de alimentos são as franquias, de acordo com a Abrasel, porque “quase 100% dos produtos vêm de fora”. Já quem tem parceria com produtores locais ainda consegue garantir ingredientes dos cardápios.
“A maior dificuldade é para quem compra produto de fora, industrializados, e não tem estoque grande. Está faltando, por exemplo, bacalhau e frutos do mar”, disse Rodrigo Freire. “A greve foi uma barganha corporativa. Quem vai pagar o prejuízo que os bares e restaurantes tiveram?”