Helio Doyle desembarca no PDT e não descarta candidatura

O jornalista Hélio Doyle  se filiou ao PDT. Foi no último sábado (7), prazo final para as filiações partidárias para quem desejar concorrer às eleições deste ano. Apesar disso, Doyle não confirma que será candidato. “Não penso em ser candidato, mas também não excluo a possibilidade, caso seja um projeto do PDT”, disse. Ele afirma que foi para o PDT para colaborar com o partido, como elaborar o projeto da legenda para Brasília e na campanha do ex-ministro Ciro Gomes ao Palácio do Planalto. Eu conversei com ele no início da noite deste domingo. Veja o que ele disse ao jornalista João Negrão, do blog Repórter Brasil Central em curta  entrevista:

Por que você decidiu se filiar ao PDT?  Vai ser candidato?

Eu tomei a decisão de não trabalhar profissionalmente nesta campanha para governador porque fui coordenador da campanha do Rodrigo [Rollemberg] e não me sentiria bem trabalhando agora contra ele. Tenho de fazer uma espécie de quarentena, como fiz em 1998, não trabalhando contra Cristovam Buarque. Mas eu disse ao Rodrigo e a todos os possíveis candidatos que me procuraram que poderia “trabalhar” como militante, por um candidato com o qual tivesse afinidade. O George Michel, presidente do PDT, me convidou para participar da elaboração do projeto do partido para Brasília, independentemente de quem seja o candidato a governador. Pediu-me também que colaborasse na campanha do Ciro Gomes.

Mas há a possibilidade de você ser candidato?

O George Michel sugeriu que eu me filiasse no prazo para a eventualidade de ser candidato. Não penso em ser candidato, mas também não excluo a possibilidade, caso seja um projeto do PDT.

Qual cargo? Especula-se que você possa concorrer para governador.Há muitos anos não milito em partido, mas quando milito me integro a um projeto. Se o partido achar importante, posso ser candidato a qualquer função, ou a nenhuma. Não é uma decisão individual. Acho fundamental que o PDT tenha um candidato a governador, para a campanha de Ciro. Sempre disse que todos os partidos que têm candidato a presidente devem lançar candidatos ao governo.

Como você analisa o atual quadro político do paísHá quem acredite que possa até não haver eleições?

Não haver eleições será um golpe maior e mais grave do que o golpe parlamentar que derrubou Dilma. Não acredito que cheguemos a esse ponto. O quadro é grave, mas as eleições podem ser uma tentativa de buscarmos um governo legítimo e que nos traga estabilidade.

Como você avalia o governo de Rollemberg?

Se 80% da população desaprova o governo de Rollemberg, não pode ser um bom governo. É um governo que tinha tudo para ser o melhor que já tivemos, mas é muito ruim. Rollemberg errou ao não saber dialogar com a população, ao manter relações espúrias com a Câmara, ao não ter capacidade de gestão para assegurar o desenvolvimento e os serviços básicos apesar da carência financeira, ao manter práticas antiquadas de governo e de fazer política.

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