A medida também alcança o deputado federal Máximo Kirchner e sua irmã, Florencia, ambos filhos da ex-chefe de Estado (2007-2015) e do falecido ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), informou o Centro de Informação Judicial (CIJ), subordinado à Suprema Corte.

Trata-se da chamada causa Hotesur, nome do empreendimento hoteleiro que os Kirchner possuem na província de Santa Cruz, na Patagônia, e por meio do qual a Justiça suspeita que se realizaram manobras de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas.
Também a processa por “lavagem de ativos na qualidade de coautora”. Segundo a resolução publicada pelo CIJ, a mesma qualificação pesa sobre Máximo e Florencia Kirchner.
A Justiça deu ordem de embargar à ex-presidente e ao seu filho mais velho 110 milhões de pesos cada um (7 milhões de dólares) e 100 milhões de pesos (5,5 milhões de dólares) a Florencia Kirchner.
No caso dos dois primeiros, a Câmara considerou como agravante do suposto crime “sua habitualidade, por fazer parte de uma associação e por ser funcionário público e negociações compatíveis”.
A ex-presidente, que tem imunidade parlamentar, tinha apresentado em novembro passado um texto ao juiz Julián Ercolini, no qual pedia sua liberação do caso. Em sua defesa, a senadora lembrou que “existem pelo menos sete decisões judiciais firmes que analisaram os mesmos atos, nas quais se descartou qualquer tipo de ilícito”.
Estão envolvidos no caso outras 17 pessoas, entre elas o empresário Lázaro Báez, detido e investigado por suposta lavagem de dinheiro.