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Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) entregou para análise, nesta segunda-feira (23), o plano de ampliação do racionamento de água em Brasília. O documento será avaliado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa), que afirmou ao G1 trabalhar com um prazo de “até 24 horas para aprovação da proposta”.
Até a publicação desta reportagem, a Caesb ainda não havia detalhado o conteúdo do projeto. Na última sexta (20), a companhia adiantou em entrevista coletiva que uma das medidas era a interrupção na oferta de água por 48 horas seguidas – o dobro do regime atual.
A Caesb afirmou que, mesmo após a aprovação do planejamento, “ainda não tem data marcada para iniciar a ampliação do rodízio”. Na sexta, o presidente da companhia, Maurício Luduvice, disse que, se for necessário implementar o racionamento de dois dias, “a população será devidamente informada com antecedência”.
Volume do Descoberto
No plano, a estatal também apresenta a possibilidade de manter o ritmo atual de abastecimento, pelo menos, até que o reservatório do Descoberto chegue a 4%. O “gatilho” para reduzir a captação de água na bacia era de 9% – mais que o dobro.
Nesta segunda-feira, o volume do Descoberto alcançou os 9% que funcionavam como um alerta, até a última semana. Segundo as curvas de monitoramento projetadas pela Adasa, esse nível indicava o ponto mais baixo previsto para o Descoberto em 2017, e só seria atingido no fim desse mês.
O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, informou que “melhorias operacionais na rede permitiram que a Caesb pudesse trabalhar de forma segura com o reservatório em um nível mais baixo”. Entre essas melhorias, estão “autobombas” instaladas no Descoberto.
A Adasa explicou que uma resolução publicada pela agência em 15 de maio de 2017 limitou a vazão média mensal captada pela Caesb no montante de 3,1 metros cúbicos por segundo e estabeleceu a curva de acompanhamento do volume útil do reservatório do Descoberto para os meses de 2017 tornando-se semanais a partir dos 9%.
A Caesb afirmou que as “melhorias” na bacia permitem que o Descoberto chegue aos 4% sem entrar no “volume morto”. O termo, que ficou famoso durante a crise hídrica de São Paulo, se refere ao nível mais profundo dos reservatórios de água, que não pode ser alcançado pelas bombas tradicionais.
A companhia diz que já há um projeto elaborado para recolher a água desse volume morto do Descoberto. “Estamos vendo a disponibilidade de fazer a obra via pregão eletrônico, estamos fechando o termo de referência e, muito em breve, colocaremos ele [plano] na rua”, disse Luduvice.
A expectativa da companhia é de que essas obras sejam iniciadas em novembro. Luduvice também afirmou que “a água do volume morto não vai ser distribuída bruta”. Em geral, essa água tem maior índice de contaminação e sujeira porque os metais pesados e o entulho, por exemplo, tendem a ir para o fundo da água. Informações do G1.