/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/f/j/XX3Nz6TWOruHnhlAAHoA/constantino.png)
Nenê Constantino quando foi dar depoimento à Polícia Civil (Foto: TV Globo/Reprodução)
O empresário Nenê Constantino, hoje com 86 anos, é acusado de mandar matar o líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, de 27 anos, que ocupava um terreno dele. Ele responde por homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.
Pós-adiamento
Inicialmente, o julgamento deveria ter ocorrido em 20 de março, mas ele foi adiado a pedido do Ministério Público do DF, que solicitou mais prazo para analisar novos documentos anexados ao processo. Na ocasião, o advogado de Constantino, Pierpaolo Bottini, afirmou os papéis juntados à ação são “indispensáveis para que o caso seja julgado com Justiça”.
“A defesa juntou documentos na maior parte públicos e indispensáveis para o julgamento. Não há nenhuma cópia de algo que já constava dos autos”, diz o advogado, em nota divulgada pelo escritório.
Segundo ele, a defesa foi “obrigada” a anexar os documentos porque o MP cita, no processo, que Constantino já foi acusado por outra tentativa de homicídio. De acordo com Bottini, ele foi inocentado neste processo.
De acordo com o MP, a defesa de Constantino anexou 28 volumes ao processo no último dia 15, a cinco dias do início do julgamento. Somadas, as pastas continham mais de 5 mil páginas. O promotor do MP que acompanha o caso, Marcelo Leite, pediu que os documentos fossem retirados, mas a solicitação foi negada.
Em seguida, Leite pediu à Justiça que remarcasse o julgamento, para que ele e os advogados dos outros réus tivessem tempo de analisar os novos papéis. A requisição foi apresentada na última sexta (17) e aprovada nesta segunda, já na sala de julgamentos.
Outro caso
Em 2015, Nenê foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio duplamente qualificado contra o ex-genro. Segundo a denúncia, o fundador da Gol contratou dois homens para matar o antigo companheiro da filha por desentendimentos em relação ao patrimônio. Ele estaria insatisfeito com a interferência dele nos negócios da família e porque não queria dividir o patrimônio da Viação Satélite, da qual era fundador.
O ex-genro de Constantino narra que teve o carro atingido por disparos em junho de 2008. Na decisão, o júri declarou que não havia provas da participação dele no crime. Junto com a sentença foi expedido um alvará de soltura ao empresário, que cumpre prisão domiciliar desde 2011.