Terminou pouco antes das 19h desta quarta-feira (29) a interdição montada por professores da rede pública do Distrito Federal no Eixo Monumental, em frente ao Palácio do Buriti. O ato bloqueou a via por mais de seis horas, durante toda a tarde, no sentido rodoviária-Memorial JK. Até o início da noite, o governo do DF ainda negociava a liberação das seis faixas com o grupo. Informações do G1.
Os trabalhadores cobram o pagamento da quarta parcela do reajuste salarial, prometido ainda no governo Agnelo Queiroz e suspenso pela gestão Rollemberg. Pela manhã, os professores diziam que pretendiam acampar em frente à sede do Executivo local até que representantes do sindicato fossem recebidos pelo governador.
No fim da tarde, o Buriti divulgou que uma comissão de três deputados distritais – Chico Vigilante (PT), Ricardo Vale (PT) e Reginaldo Veras (PDT) – também participavam das negociações. Como condição, Rollemberg disse que só receberia os sindicalistas após a desinterdição completa da via.
Trânsito intenso
Em função do bloqueio, o trânsito foi interditado na altura do Tribunal de Contas do DF, ao lado do Buriti. Motoristas que tentavam subir o Eixo Monumental rumo à EPTG eram obrigados a desviar e retornar pela própria via, no sentido rodoviária do Plano.
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Professores protestam dentro de uma ‘cela’ improvisada, no DF (Foto: Wellington Hanna/G1)
Por volta das 16h30, o engarrafamento ultrapassava os 2 km de extensão – do Tribunal de Contas até o balão da 5ª Delegacia de Polícia (área central).
A Polícia Militar informou que os manifestantes tentaram invadir o Palácio do Buriti pouco antes, por volta do meio-dia. A Casa Militar, responsável pela segurança do governador e do palácio, não confirmou a informação.
Reivindicação antiga
A greve começou no dia 15, e completou duas semanas nesta quarta. O diretor do Sinpro e membro da comissão de negociação, Gabriel Magno, diz que tenta conversar com o governo desde aquele momento, sem sucesso. Segundo ele, não houve outra alternativa senão bloquear as vias para “forçar” uma reunião com o governador.
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Manifestantes em frente ao Palácio do Buriti, em Brasília (Foto: Wellington Hanna/G1 )
“Estamos parados há duas semanas e até agora o governo não apresentou nenhuma proposta para categoria. E o GDF está descumprindo a lei, atrasando o pagamento do nosso direito”, afirmou.
No último dia 27, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal decretou a ilegalidade da greve. Com isso, a Justiça estabelece que toda a categoria deve voltar às atividades imediatamente. A decisão judicial também estabelece o corte dos dias faltados. Em caso de desrespeito, a multa prevista é de R$ 100 mil por dia. A categoria afirma que vai recorrer da decisão e que seguirá parada até o fim das negociações com o governo do DF.