O Ministério Público do Trabalho (MPT) fica impedido de atuar como intermediador entre o movimento grevista da Polícia Militar, liderado por esposas de militares, e o Governo do Espírito Santo. Isso porque o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o assunto foge as competências do MPT, já que todas as investigações e negociações é de atribuição do Ministério Público Estadual (MPES).
Desta forma, uma reunião marcada para acontecer às 14h desta quinta-feira (2), na sede do órgão, fica suspensa. As negociações iniciaram na sexta (24). O procurador-chefe do MPT, Estanislau Tallon Bozi, por nota, lamentou ter que deixar o processo negocial neste momento, quando acredita ter conquistado a confiança dos atores envolvidos neste processo. A nota diz ainda que soube, informalmente, da decisão de Janot que o afasta do processo de mediação entre o Movimento das Mulheres de Policiais Militares, associações de classe e Governo do Espírito Santo. E que ainda não recebeu o comunicado oficialmente.
“Acatará a decisão em todos os seus termos, mesmo quanto às matérias que são de atribuição do Ministério Público do Trabalho, visando possibilitar que o consenso seja atingido em outros tempo, local e modo”, diz trecho da nota.
O protesto iniciou com um grupo pequeno de mães, irmãs, namoradas e esposas de policiais militares na sexta (3/2) em frente à 2ª Companhia do 6º Batalhão na Serra. De lá, o movimento chegou aos batalhões por todo o estado e o Quartel do Comando Geral, em Vitória. Os grupos posicionaram-se em frente as entradas/saídas impedindo a circulação de viaturas e militares. Eles reivindicavam melhores condições de salário, reposição salarial, melhores condições de trabalho. Informações do ESHOJE.