DF recebe 30 mil doses extras de vacina contra febre amarela

De acordo com a Secretaria de Saúde todos os postos de saúde serão abastecidos com as vacinas e mais de 33 mil doses já foram aplicadas até 27 de janeiro. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, disse à Agência Brasília que a solicitação de vacinas extras foi feita para manter o estoque abastecido. “Solicitamos esse reforço ao Ministério da Saúde porque a procura pela imunização aumentou bastante. Estamos nos antecipando para que não falte”, afirmou Coelho.  Entenda a diferença entre febre amarela selvagem e urbana, e saiba quem precisa se vacinar

Estatísticas

O Ministério da Saúde divulgou na quarta-feira (1º) um balanço da febre amarela no país no mês de janeiro. De acordo com o Ministério foram registrados 857 casos suspeitos, mas apenas 149 foram confirmados até o momento. Outros 667 ainda estão em investigação.

Esses números são maiores do que todos os casos de febre amarela em humanos registrados no Brasil em 2 anos e meio, de julho de 2014 à dezembro de 2016. Nesse período, 784 casos foram notificados e apenas 15 confirmados como o da doença.

No DF, em 2017, não foram registrados casos da febre amarela, mas um homem que vinha de Minas Gerais morreu na UPA de São Sebastião, vítima da doença.

 A doença

A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos silvestres como o Haemagogus leucocelaneaus e também pelo Aedes aegypti – que transmite dengue e febre chikungunya. O período de incubação do vírus varia de três a seis dias.

Os sintomas se parecem com os de uma gripe. Além de febre, há amarelão na pele e nos olhos, dores de cabeça e no corpo e calafrios. O vírus pode ainda atacar fígado e rins, provocando crise de vômito e diarreia. Em estágio grave, o paciente pode deixar de urinar e apresentar sangramentos e confusão mental.

Quem apresenta os sintomas deve procurar um médico e relatar se viajou nos 15 dias anteriores para áreas de mata ou próximas a rios. O indicado é permanecer em repouso e fazer reposição de líquido.

 

Entenda a vacinação

Há décadas, o Distrito Federal aparece como “área de risco” para febre amarela nos protocolos do Ministério da Saúde. Isso significa que, se a caderneta infantil foi seguida à risca, todas as crianças nascidas no DF foram vacinadas até os 9 meses de idade, com uma dose de reforço por volta dos 5 anos. Se isso foi feito, não há risco de pegar febre amarela.

Para quem nasceu nos oito estados fora da área de risco – Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro – ou não foi vacinado por algum motivo, é preciso tomar duas doses em um intervalo máximo de 10 anos.

Segundo Coelho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que uma única dose da vacina já seria suficiente para produzir anticorpos e evitar o contário. “No Brasil, devido ao histórico, o Ministério da Saúde acaba pedindo esse reforço com duas doses”, explica. O país produz vacinas suficientes para consumo próprio e exportação.

“Já tivemos casos de pessoas procurando postos de saúde em pequenos intervalos de tempo, para tomar mais de duas doses. Isso, sim, se classifica como risco. Pode haver um efeito adverso”.

A vacina é feita com o vírus vivo e atenuado. Por isso, existe uma chance pequena (de 1 em 400 mil) de que a aplicação da substância acabe causando efeito reverso, desencadeando um quadro de febre amarela no paciente. Se algum sintoma atípico for notado após a injeção, é importante avisar a um médico.

Segundo o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis do ministério, Eduardo Hage, a chamada “febre amarela vacinal” é raríssima, mas pode acontecer quando o paciente tem alguma contraindicação para tomar a vacina. A aplicação é contraindicada para gestantes, recém-nascidos, pessoas doentes ou com baixa imunidade, por exemplo.

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