Daniel Mello – Agência Brasil

Ativista fizeram hoje (16) um ato contra a violência contra a população de rua e LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) na Estação Dom Pedro II do metrô, na região central ca capital paulista. No último dia 25 de dezembro, o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas foi espancado até a morte no local ao tentar defender duas travestis de uma agressão.
O padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, destacou que esse tipo de crime tem aumentado, junto com o crescimento da população LBGT que vive nas ruas. “O grupo LGBT na rua aumenta muito e muitas dessas pessoas têm sido agredidas, como esse que estava hoje de manhã na nossa Paróquia São Miguel Arcanjo”, disse em referência ao caso de outro rapaz que, segundo o religioso, pediu auxílio a ele na manhã de hoje.
Lancelotti mostrou imagens dos ferimentos do jovem que esteve na igreja com o relato de que foi agredido por tentar defender um amigo homossexual. A vítima, no entanto, preferiu, de acordo com o padre, não registrar boletim de ocorrência. “São muitas essas pessoas. Nem todos esses casos estão registrados, mas são muitas as pessoas que estão sendo agredidas”, enfatizou o religioso.
“É a realidade que a gente vive todos os dias. Nós gays estamos morrendo, caçados como bruxas”, protestou o ativista LGBT Agripino Magalhães. Ele ressaltou que é fundamental que as vítimas de crimes de ódio exijam que o registro policial inclua essa especificação. “Os delegados em todo o estado de São Paulo são obrigados a especificar o tema da homofobia no boletim de ocorrência”, ressaltou.