“Não se abaixa o valor do dólar paralelo sem abaixar a inflação, sem reduzir a escassez, sem aumentar a confiança”, diz o venezuelano Ronald Balza, professor de economia na Universidade Católica Andrés Bello.
Com a moeda tão desvalorizada, a medida parece ter mais significado político do que econômico, oferecendo ao governo a possibilidade de culpar as máfias fronteiriças pela situação econômica do país, que vive uma hiperinflação. “A moeda venezuelana perdeu tanto valor que para comprar os bens necessários para uma semana é necessário ir com um carrinho de mão de dinheiro. Isso obriga uma reestruturação da moeda, ainda que realmente o imprescindível seja modificar todo o sistema econômico”, diz o economista monetário espanhol Juan Manuel López.
Não é a primeira vez que o presidente acusa terceiros de sabotar a economia venezuelana. Ele não se cansa de culpar os Estados Unidos, a burguesia nacional, o capitalismo, o empresariado, a Colômbia e os capitalistas pelos próprios erros.
Quando uma parte das novas cédulas, produzidas na Suécia, não chegou ao país, Maduro falou em complô internacional. “As medidas dele não têm sentido econômico, apenas político. São apenas criações dele para buscar responsáveis pela situação”, diz Oliveros. Ubnfrmações da Veja.