A Turquia prometeu neste domingo, 11, vingança contra militantes curdos que assumiram responsabilidade por dois bombardeios que mataram 38 pessoas e feriram 155, no que parecia ser um ataque coordenado contra a polícia do lado de fora de um estádio de futebol em Istambul.
As explosões na noite de sábado – um carro-bomba perto da Arena Vodafone, da equipe de futebol Besiktas de Istambul, seguido de um atentado suicida em um parque adjacente menos de um minuto depois – sacudiram uma nação ainda tentando se recuperar de uma série de bombardeios mortais este ano em cidades incluindo Istambul e Ancara, a capital.

Uma ramificação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou neste domingo a responsabilidade pelo atentado. Em uma declaração em seu site, o grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) disse que realizou os ataques. O TAK assumiu a responsabilidade por outros ataques mortais na Turquia este ano.
“Mais cedo ou mais tarde, teremos nossa vingança, este sangue não será deixado no chão, não importa o preço”, disse Soylu em discurso num funeral na polícia de Istambul para cinco dos oficiais mortos. O presidente Erdogan esteve presente, mas não falou.
Depois de visitar vítimas num hospital de Istambul, Erdogan afirmou: “Nosso povo não deve ter dúvidas de que continuaremos nossa batalha contra o terror até o fim”.
Soylu também alertou àqueles que oferecem apoio aos agressores nas mídias sociais ou em outros lugares, comentários dirigidos a políticos pró-curdos, que o governo acusa de ter ligações com o PKK, designado como organização terrorista por Estados Unidos, Europa e Turquia. “Para aqueles que tentam defender os perpetradores…Não há desculpa para isso”, afirmou.
Nos últimos meses, milhares de políticos curdos foram detidos, incluindo dezenas de prefeitos e os líderes do Partido Popular Democrático, o segundo maior partido de oposição no Parlamento, acusados de ligações com o PKK.