Por dívida de R$ 2 milhões, hospitais do DF não têm reagente para exames

Desde setembro, os hospitais públicos do Distrito Federal não têm reagentes para detecção de doenças como Aids e hepatites por conta de uma dívida de R$ 2 milhões. O laboratório que desenvolvia os exames pediu a interrupção imediata na coleta e no envio das amostras de sangue, já que não consegue testar o material. Em nota, o governo reconheceu o problema e disse que espera um novo estoque nos próximos dias.

Em 8 de setembro, o Laboratório Central informou à Secretaria de Saúde que o material tinha acabado. Segundo o presidente da ONG Amigos pela Vida, Cristiano Ramos, o diagnóstico prematuro de doenças como a Aids pode determinar em uma melhor qualidade da vida do paciente.

“Você pode ficar na condição de portador do HIV, sem se tornar um doente de Aids. Um risco de infecção de outras pessoas é iminente, ne? Então é importantíssimo que as pessoas entendam a necessidade da testagem precoce. A gente tem que estimular a testagem para poder garantir a qualidade de vida dessas pessoas que não sabem que têm o vírus”, diz.

Enquanto o material não é fornecido, pacientes gastam, pelo menos, R$ 820 para ter certeza se são portadores dos vírus. O marceneiro Rodrigo Pereira não conseguiu realizar os exames da mulher, que tem suspeita de hepatite por causa de dores no corpo.

“Compromete tudo. Por que os pacientes não têm nada e o que vai adiantar uma consulta se não ter exame? Não vai ter nada para poder saber [do diagnóstico]”, afirma.

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