Merendeiras do DF fazem greve por salário e tíquete-alimentação

Merendeiras de escolas públicas do Distrito Federal estão em greve desde a última sexta-feira (11) em protesto contra o atraso no pagamento dos salários referentes aos meses de outubro e setembro. A categoria pede também a quitação do tíquete-alimentação, devido no mesmo período pela empresa Planalto. Em nota, a Secretaria de Educação. informou que repassou R$ 21 milhões às prestadoras de serviços de vigilância, merenda e limpeza no final da semana, mas que o repasse fica à cargo das empresas.

O G1 tentou contato com a empresa Planalto, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem. De acordo com o Sindiserviços, que representa mais cerca de 7,2 mil profissionais terceirizados de limpeza, conservação e da produção de merenda, a categoria tem uma reunião na tarde desta quarta-feira com representantes da secretaria. A entidade afirma que as merendeiras continuarão com a greve até que a situação seja resolvida.

Em abril de 2016, as profissionais de pelo menos cinco regiões administrativas realizaram uma paralisação pelo pagamento do 13º. Desta vez, cerca de 140 merendeiras cruzaram os braços em Sobradinho, Gama, Planaltina e em outras regiões para pedir o pagamento dos atrasados.

“O 13º de 2014 só foi pago em agosto de 2015 e até agora estamos esperando o de 2015”, afirma a merendeira do Centro de Ensino 4 do Cruzeiro Novo Patrícia Silva. “Estou com muita conta atrasada. Água, luz, gás. Fica muito difícil pra mim porque meu marido está desempregado”, diz.

Patrícia conta que tem quatro filhos e que o reajuste no tíquete é necessário para que ela consiga comprar comida para a família. “Esse mês era para a gente receber R$ 1.604, e eu só recebi R$ 550”, afirma.

A merendeira do Centro Educacional do Lago (CEL) Cilene de Carvalho diz que já procurou a dona da empresa, que afirma não ter recebido dinheiro o suficiente do GDF. “Ela diz que o governo não repassou o dinheiro e que ela não vai tirar do bolso dela. ela ameaça de demissão”, declara. “Tem gente sendo despejada porque não consegue pagar as contas”.

Segundo as merendeiras em greve, a empresa Planalto emprega cerca de 478 funcionárias no setor. O salário a ser pago, com reajuste prometido em janeiro deste ano, é de R$ 1.450. As organizadoras da greve não souberam informar o número de merendeiras que pararam os serviços.

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