Fachada do Hospital Regional do Gama, onde homem atirou em paciente (Foto: Reprodução/TV Globo)
G1
Uma mulher grávida de 38 semanas perdeu o bebê horas depois de procurar o Hospital Regional do Gama, no Distrito Federal, com contrações e de ser orientada a voltar para casa. A Secretaria de Saúde informou que a paciente teve “falso trabalho de parto” e que por isso foi liberada.
“Ele falou pra ela ir fazer uma ecografia, mas, como era domingo, não tinha como fazer no [hospital] público, só no particular. Mas no particular não tinha condições.”
Brenda diz que o médico orientou Bianca a voltar para casa e retornar ao hospital nesta segunda-feira para fazer o exame. “Em sã consciência, ele não podia ter deixado ela ir embora.”
A grávida voltou ao hosital às 6h desta segunda, com fortes dores e sangramento, declara a prima. Segundo ela, outro médico atendeu a paciente e verificou que o coração do bebê não batia. Em seguida ela foi encaminhada para fazer a ecografia, que confirmou a morte.
“Ela é mãe de primeira viagem e o pai também. Eles deveriam ter instruído e internado ela. É uma falta de consideração pelas pessoas”, afirma Brenda. “É uma irresponsabilidade do hospital.”
A Secretaria de Saúde diz que “imediamente” os médicos iniciaram um procedimento de indução do parto chamado amniotomia, que estimula as contrações uterinas pela utilização do medicamento ocitocina.
“Eles disseram que demoraria umas duas ou três horas e que não podia fazer cesárea por causa do risco de infecção”, afirma Brenda. Segundo a prima, Bianca ficou em trabalho de parto das 10h às 19h25.
De acordo com a Secretaria Saúde, a paciente não foi submetida a uma cesárea porque o procedimento é recomendado “em último caso e não se aplica a esta ocasião”.
“A Bianca está forte. Mas todo mundo está muito abatido, abalado com essa história”, diz Brenda. A família mora em Valparaíso, em Goiás. A gestante optou por fazer o parto no Hospital do Gama porque ela e o irmão nasceram lá.