
Após os nadadores norte-americanos Gunnar Bentz e Jack Conger prestarem depoimento, nesta quinta-feira, a polícia informou que um deles admitiu que não houve assalto à mão armada. Segundo o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, o atleta confirmou que houve uma confusão em posto de gasolina, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Bentz e Conger foram retirados de um avião, na noite desta quarta-feira, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, e foram impedidos de retornar aos Estados Unidos. Na tarde desta quinta-feira, depois de saírem da Delegacia Especial da Apoio ao Turista (Deat), Bentz e Conger foram vaiados. “Mentirosos, canalhas, vocês são uma vergonha”, gritaram.
De acordo com investigadores, a dupla, Ryan Lotche e James Feigen, saíram de uma festa na Casa da França, na Lagoa, e pegaram um táxi às 5h50 do último domingo. Eles pediram para parar no posto de gasolina Shell, na Avenida Armando Lombardi, número 370, no Jardim Ocêanico, para ir ao banheiro.
Câmeras do circuito interno mostraram que um dos nadadores ficou irritado ao saber que o banheiro não ficava dentro da loja de conveniência. Ele quebrou uma porta do estabelecimento a chutes, além de depredar outros objetos. “Não houve roubo da forma relatada pelos atletas, eles não foram vítimas”, disse o chefe de polícia.
Funcionários do posto afirmaram que os atletas pagaram cerca de R$ 160 para o conserto dos danos. Veloso descartou a possibilidade de os nadadores terem sofrido algum tipo de extorsão. Inicialmente, os atletas contaram que tinham sido roubados. No entanto, o caso apresentou versões contraditórias durante a semana.
Veloso afirmou que as responsabilidades de Lotche e Feigen serão analisadas antes de concluir o inquérito. Além disso, ele ressaltou que ainda não é possível dizer quais crimes os atletas podem ser acusados. Os outros dois são testemunhas do caso.
“Com a notícia de que estavam embarcando mesmo tendo sido convocados para depor, indica que não queriam colaborar com a investigação”, reforçou o delegado.
Veloso enfatizou ainda que os nadadores precisam se desculpar com os cariocas. “Aqui ninguém usa sapato de bico fino e nariz de palhaço. As desculpas que devem ser dadas não são à polícia, mas ao carioca por terem feito esta versão fantasiosa”, disse o delegado, em resposta às críticas de que a polícia estaria fazendo um “circo” sobre o caso. Informações de O Dia.