Do G1
Uma enfermeira do Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, foi picada por um escorpião dentro do centro de saúde na noite desta terça-feira (26). Segundo a direção da unidade, ela foi atendida e medicada e passa bem. A funcionária buscava materiais para uma cirurgia quando foi picada pelo animal. Segundo um colega de trabalho da vítima, o escorpião estava escondido no armário de produtos da sala de recuperação de anestesia, onde também circulam pacientes. O hospital informou que uma equipe da Vigilância Ambiental fez uma varredura no local nesta quarta-feira (27) para orientar os funcionários sobre a limpeza dos ambientes.
Acidentes com escorpiões
Entre janeiro e março deste ano, o número de acidentes domésticos envolvendo escorpiões no Distrito Federal cresceu 11,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados mais recentes da Vigilância Ambiental apontam que foram 244 ocorrências no período, contra 219 em 2015. Em todo o ano anterior, foram 914 casos.
O escorpião amarelo é a espécie mais comum encontrada em área urbana no DF e em todo o país. A depender da quantidade de veneno liberada e da idade da vítima, a picada pode ser fatal. O animal tem hábitos noturnos e costuma se esconder em áreas escuras.
A farmacêutica do Centro de Informações Toxicológicas do DF Sandra Márcia da Silva afirma que o escorpião ataca como um mecanismo de defesa. “O escorpião vai picar a partir do momento que você pressioná-lo. Você vai calçar um sapato e introduz o pé onde ele está, você vai pressioná-lo e a resposta dele é a picada”, explica.
Segundo especialistas, uma boa forma de manter a casa livre de escorpiões é manter os ralos dos banheiros fechados. Se não houver um mecanismo próprio, pedaços de borracha ou plástico podem ser usados para vedar o buraco.
Na maior parte dos casos, o acidente é leve e os sintomas são apenas locais, como inchaço na área e formigamento. Nestas ocorrências, o paciente fica em observação no hospital e não precisa tomar o soro escorpiônico. Em alguns casos, no entanto, o veneno pode causar danos ao pulmão e alterar a frequência cardíaca.
Sandra explica que, em caso de acidente, o paciente deve lavar bem o local da picada e, se possível, aplicar uma compressa de gelo para aliviar a dor. Em seguida, é preciso se dirigir a uma unidade de saúde do DF – a exceção é o Hospital de Base, que não tem atendimento de clínica médica.
O Centro de Informações Toxicológicas também oferece esclarecimentos por telefone. O número é 0800-644-6774.