“Não podemos perder tempo, nem para lidar de uma maneira adequada com a questão da saída do Reino Unido, nem para fornecer um novo ímpeto para a UE”, disse ele em entrevista à imprensa com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
Governo protecionista
A decisão do Reino Unido de sair da União Europeia abriu espaço para o fortalecimento de governos protecionistas na Europa. Ontem, a França já deixou claro que, a partir de agora, poderá enterrar acordos comerciais como o da UE com os Estados Unidos. O tratado entre europeus e o Mercosul também corre risco de ser colocado em segundo plano.
Foi a partir de uma iniciativa de Londres que americanos e europeus passaram a negociar, desde 2013, a criação do maior acordo de livre-comércio do mundo. No domingo (26), porém, a França deu um primeiro sinal concreto de que, sem o impulso britânico, Paris está disposta a frear qualquer abertura do bloco.
“A partir de agora, nenhum acordo de livre-comércio deve ser fechado se ele não respeita os interesses da UE”, disse o primeiro-ministro francês, Manuel Valls. Para ele, o acordo negociado com os EUA “não vai no bom caminho”.